Atualizado em 28/12/2006 às 13h30
O número de mortos em ataques de criminosos durante a madrugada e a manhã desta quinta-feira (28) subiu para 19. Pelo menos seis corpos foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros no interior do ônibus da empresa Itapemirim. Vários feridos foram levados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio do Rio. O coletivo ia para São Paulo. Mudanças no setor penitenciário teriam motivado ataques segundo o secretário da segurança do Rio de Janeiro, Roberto Precioso. A cúpula de segurança teria recebido um relatório sobre os ataques.
Segundo um dos passageiros, 30 homens pararam o ônibus. Um homem subiu, assaltou os ocupantes e depois ateou fogo. Algumas pessoas conseguiram sair quebrando os vidros mas, segundo ele, teve gente que não conseguiu escapar.
A direção da empresa informou que havia 28 pessoas no ônibus e que vai se responsabilizar pelo translado dos corpos.
Três homens acusados de participar da ação foram presos na favela da Cidade Alta, em Cordovil, no subúrbio. De acordo com a polícia, eles estavam com queimaduras nas mãos.
Outra cabine policial foi baleada, no começo da manhã, no Alto da Boa Vista. Dois policiais ficaram feridos. Um, na perna, foi levado para o Hospital do Andaraí, na Zona Norte. O outro, que estava dentro do carro da PM, foi para o Hospital Ordem Terceira da Penitencia, na Tijuca, na Zona Norte. A polícia faz um cerco pela Estrada Velha da Tijuca em busca dos homens armados que fugiram pela mata.
Os ataques dos bandidos seriam uma represália à ação das milícias que atuam nas favelas.
Uma mulher que trabalhava como vendedora ambulante perto de uma cabine policial na saída de um shopping em Botafogo, na Zona Sul do Rio, morreu após ser atingida em meio a um tiroteio entre polícia e criminosos. Gabriel Lima Brito, de 6 anos que, segundo testemunhas, estava com ela também foi atingido de raspão por um tiro de fuzil e levado para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul. Ele passa bem e não corre risco de vida. Um policial também foi baleado.
Ataques a delegacias
Outro policial foi morto com 12 tiros na Avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa.
Pelo menos quatro delegacias foram atacadas. A 6ª DP (Centro) ficou com as marcas dos tiros de fuzil nas paredes e vidros foram estilhaçados. Os bandidos usaram até granadas.
Dois policiais foram mortos numa cabine na Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
Em Campinho, na Zona Oeste, um homem foi morto quando tentava registra uma ocorrência.
Em Cordovil, no subúrbio, a Polícia Militar chegou a trocar tiros com bandidos da favela da Cidade Alta.
E na noite desta quarta-feira (27), dois homens jogaram uma granada numa cabine policial em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Houve troca de tiros e os dois bandidos morreram. Outros três criminosos também foram mortos.
Homens armados em vários carros também fizeram ataques disparando contra motoristas na Avenida Brasil, que chegou a ser fechada, no sentido Centro, no início da madrugada. Carros foram roubados.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas