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O Planalto confirmou nesta segunda-feira (12) a presença da presidente Dilma Rousseff na posse do ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). No mesmo dia em que votou pela pena de mais de dez anos de prisão para o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula,José Dirceu, no que foi acompanhado pela maioria dos ministros da Corte, o relator do caso do mensalão esteve no Palácio do Planalto, para uma reunião protocolar com a presidente. Durante o encontro, Barbosa entregou a Dilma convite formal para sua posse, na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), marcada para o dia 22 de novembro.

O encontro não estava inicialmente previsto na agenda de Dilma, mas foi classificado por auxiliares da presidente como "amistoso". Um dos auxiliares considerou que, no encontro, Barbosa foi "muito solícito" e "atencioso" com a presidente.

Apesar das insinuações, pela imprensa, de que setores do PT estariam pressionando Dilma Rousseff para que ela não comparecesse à solenidade, como retaliação à postura combativa de Barbosa, a presidente nunca cogitou não comparecer à posse do presidente de outro poder. "É uma postura institucional. Ela jamais faltaria a este ato", comentou um assessor palaciano, justificando que Dilma jamais aceitaria este tipo de pressão porque "não confunde as coisas".

A reunião de Dilma com Barbosa foi às 10 horas da manhã, no Planalto, quatro horas antes do início da etapa de condenação do núcleo político do mensalão, no STF. Em abril deste ano, Dilma esteve no Supremo participando da posse do ex-ministro Ayres Britto, que se aposenta e deixa o cargo, na semana que vem.

A presença de chefes do Executivo na posse de chefe do Judiciário é uma praxe. O próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seus oito anos de mandato, não deixou de comparecer nem a posse do ministro Gilmar Mendes, seu desafeto, quando tomou posse na presidência da Corte. Ele esteve também nas posses de Cezar Peluso e Ellen Gracie.

Neste tipo de cerimônia, a presidente da República não discursa. Foi assim na posse de Ayres Britto. Dilma, aliás, recebeu o convite pessoalmente de Ayres Brito no dia 12 de abril, e, uma semana depois, foi à sua posse, dia 19 de abril. O protocolo foi exatamente o mesmo ao repetido por Joaquim Barbosa.

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