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Barbosa Neto: evento de desagravo é questionado | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
Barbosa Neto: evento de desagravo é questionado| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

Câmara

Vereador volta e faz ataques a imprensa e aos adversários

O vereador de Londrina Eloir Valença (PHS) voltou ontem à Câmara disparando contra a imprensa e os investigadores da suposta tentativa de compra de votos. Também atacou o vereador Amauri Cardoso (PSDB), contra quem prometeu fazer representação junto à Comissão de Ética do Legislativo. Cardoso se pronunciou logo depois do colega e também prometeu fazer uma representaçao contra Valença. O vereador, que estava afastado desde 4 de maio por decisão da 3ª Vara Criminal, disse ser um "preso político" e afirmou que "foram ditas mentiras" a respeito dele.

Exaltado, Valença chegou a discutir com estudantes que estavam na Câmara segurando cartazes dizendo que "formação de quadrilha" não é atribuição de vereador. "Sabe o que é ilação? É sonho, rapaz! Não repita o sonho dos outros", disparou. A "ilação" citada pelo vereador é a denúncia feita pelo Gaeco.

Fábio Silveira, do Jornal de Londrina

A Promotoria Eleitoral denunciou o prefeito de Londrina, Barbosa Neto, e o PDT municipal, partido que agora ele preside, por propaganda eleitoral antecipada. A ação teria se configurado durante o ato de desagravo ao prefeito realizado pelo partido na Praça Rocha Pombo, na última segunda-feira. A Promotoria pediu que a Justiça aplique duas multas entre R$ 5 mil e R$ 25 mil. O juiz eleitoral Paulo César Roldão deu 48 horas para que o prefeito e o PDT apresentem explicações antes de decidir se aplicará as multas.

Na representação encaminhada ao juiz, a promotora Maísa Aparecida de Araújo afirma que o evento – convocado como uma resposta pública do PDT de Barbosa contra as denúncias de corrupção na prefeitura de Londrina – "possuiu evidente natureza de propaganda antecipada irregular, na forma de comício e colocação de bandeira do partido". Segundo a promotora, o ato foi uma clara "infração à legislação eleitoral" provocada durante "inegável comício visando promover a candidatura do prefeito".

Para a promotoria, Bar­­­bosa está diretamente implicado na organização do ato para propaganda eleitoral fora de época porque "além de ser o presidente do partido, discursou e presenciou falas proferidas por seus correligionários". Durante o evento, o presidente nacional do PDT, o ex-ministro Car­­los Lupi, e partidários de Barbosa atacaram a imprensa, adversários políticos e o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O Gaeco foi o responsável pelas investigações que levaram assessores de Barbosa para a prisão por suposta compra de apoio político.

A reportagem não conseguiu falar com o prefeito sobre o caso. A assessoria de comunicação da prefeitura também não respondeu aos pedidos de retorno às ligações.

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