No primeiro dia à frente do Ministério da Saúde, Ricardo Barros afirmou no início da tarde desta sexta-feira (13), em entrevista coletiva à imprensa, que a situação do caixa da União não permite engordar a previsão de recursos para a pasta. “Não tenho qualquer expectativa em relação a isso”, admitiu ele, que, no Congresso Nacional, atuou como relator do orçamento do Executivo em vigor.
Barros lembra que o orçamento de 2016 contava com receitas arrecadas via CPMF, imposto cujo retorno ainda não foi autorizado pelo Legislativo. Também explica que a arrecadação prevista a partir da venda de imóveis e propriedades da União, presente no orçamento, “também não será realizada”. Outra preocupação é com a possibilidade de queda de arrecadação a partir da mudança no cálculo dos juros das dívidas dos Estados com a União, destacou ele.
Apesar disso, Barros propõe “otimizar” o uso dos recursos e citou um exemplo “caseiro”, como um prontuário eletrônico de Maringá, sua base eleitoral. “Vamos melhorar a qualidade do gasto público”, disse ele.
Em relação a um dos principais programas do governo Dilma, o Mais Médicos, Barros afirmou que se trata de um programa “bem aceito e bem avaliado” pela população e que não deve ter alteração. Ele reforçou apenas que pretende “estimular a participação dos brasileiros”, sem entrar em detalhes de como isso será feito. “Faremos uma transição adequada para alcançar percentuais mais altos de brasileiros no Mais Médicos. Vamos prestigiar a categoria”, declarou ele.
Deputado federal licenciado, o paranaense Ricardo Barros foi indicado pelo PP para integrar o governo Temer. “A Casa Civil nos orientará sobre a manutenção ou não de diretores [do Ministério da Saúde], sobre eventuais substituições, por conta desta articulação política”, disse ele.
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