O advogado do doleiro Alberto Youssef, Antonio Figueiredo Basto, disse que o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco e o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque foram citados diversas vezes nos depoimentos prestados nesta quinta-feira (05), na sede da Justiça Federal, em Curitiba. Basto acompanhou as oitivas referentes ao processo criminal da operação Lava Jato contra executivos da Galvão Engenharia.
Entre as testemunhas está o engenheiro Shinko Nakandakari, apontado como operador do Partido dos Trabalhadores dentro da Diretoria de Serviços da Petrobras, gerenciada por Duque. Shinko fez acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, portanto, teve de responder tudo o que foi questionado. O acordo ainda não foi homologado pelo juiz federal Sérgio Moro. O depoimento durou cerca de três horas.
Outro depoente arrolado no processo é o presidente da empresa Estaleiros do Brasil, que faz parte do grupo Toyo Setal, Maurício Godoy. Basto não confirmou detalhes dos depoimentos, mas afirmou que Barusco e Duque “foram citados várias vezes”. O ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo, que também seria ouvido, não foi localizado a tempo para ser intimado e uma nova data para a oitiva deve ser marcada. Outras duas testemunhas foram dispensadas.
Basto questionou o objeto da denúncia do MPF contra Alberto Youssef nesse processo, afirmando que nenhuma das testemunhas, que prestaram depoimentos nesta quinta-feira, se referiu ao doleiro como operador do esquema na Diretoria de Serviços da Petrobras.
Youssef confirmou, em regime de delação premiada, que atuava como intermediador da propina recebida pela Diretoria de Abastecimento da estatal, que estava sob o comando de Paulo Roberto Costa. “Os colaboradores não se referiram a ele [Youssef] como operador de qualquer desses sistemas que estão sendo investigados nesse processo”, disse Basto.
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