• Carregando...

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco reafirmou, nesta terça-feira, que ele próprio, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o tesoureiro do PT, João Vaccari, recebiam recursos do esquema de propina da Petrobras.

“O mecanismo envolvia representante da empresa, próprio empresários, eu, Duque e João Vaccari, são protagonistas”, afirmou, observando, no entanto, que não sabe como Vaccari recebia esses recursos, se eram depositados no exterior, se iam direto para o PT como doações ou se eram entregues em espécie.

Barusco também afirmou que não tem certeza de que o partido teria recebido US$ 200 milhões. O cálculo foi feito por estimativa.

Deputados de sete partidos pedem saída da CPI da Petrobras de citados na ‘lista de Janot’

Há dois deputados do PP na lista e na comissão e cabe ao partido decidir se retira indicações; PSDB quer acionar Corregedoria e PSol pretende ir ao Supremo

Leia a matéria completa

“Gostaria de esclarecer um detalhe: dizem que eu acusei o PT de receber US$ 200 milhões ou US$ 150 milhões. Estou aqui com acordo em mãos. O que eu disse é que eu estimava esse valor, que por eu ter recebido a quantia divulgada, como o PT estava na divisão da propina, cabia a ele receber o dobro ou um pouco mais. Eu estimava que devia ter recebido o dobro. Se eu recebi, por que os outros não? “, afirmou.

“Eu não acusei nada. Eu falei que cabia a mim uma quantia e eu recebi. Então eu estimei. Eu estimo, considerando o valor que recebeu de propina, que foi pago de US$ 150 a US$ 200 milhões. Não sei como recebeu, se foi doação oficial, se foi lá fora, se foi em dinheiro. Havia reserva para o PT receber. Se recebeu, e a forma como recebeu, eu não sei.”

Barusco também afirmou que a divisão da propina era estabelecida era feita com um agente político ou representante deste, sem esclarecer exatamente a quem se referia.

“O envolvimento com agente político ou representante de agente político era no momento da divisão do quantitativo da propina. Se o contrato pertencia [à diretoria de] Abastecimento, 2%, 1% era Abastecimento, para o diretor Paulo Roberto conduzir o recebimento e o encaminhamento. Outro 1% era metade para o PT e metade para a casa, no caso Renato Duque. Eu cuidava desse 0,5% e o outro 0,5% mais recentemente quando assumiu João Vaccari era ele quem conduzia.

Barusco disse que, além dele, “em alguns casos” também receberam recursos irregulares, o então diretor Jorge Zelada e, em pouquíssimos casos, um ou dois, o sucessor ele, Roberto Gonçalves.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]