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O plenário da Câmara dos Deputados | Luis Macedo / Câmara dos Deputados
O plenário da Câmara dos Deputados| Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Após pressão de governadores e servidores públicos, líderes da base aliada articularam nesta terça-feira (2) um novo texto para o projeto de Lei Complementar de renegociação da dívida dos estados com a União que retira várias das contrapartidas que o governo exigia em troca de melhores condições para reestruturação dos débitos.

Alguns dos pontos que podem ser suprimido são a proibição de concessão de aumentos e reajustes salariais e a suspensão de admissão ou contratação de pessoal.

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Essas contrapartidas haviam sido apresentadas pelo governo como um sinal de que a renegociação da dívida não se trata apenas de um perdão de débitos dos estados. A mensagem era de que os estados também teriam de fazer sacrifícios em troca de condições mais vantajosas para o pagamento da dívida com a União.

Segundo o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), o novo texto também retira a obrigação que os estados teriam, em um prazo de 10 anos, de incluir despesas com terceirizados no cálculo de gastos com pessoal para efeito da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A obrigação prevista no projeto original enviado pelo governo era a principal reclamação dos servidores.

Até esta manhã, o governo tinha aceitado que os gastos com terceirização fossem retirados do cálculo apenas para cinco carreiras: Judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público Tribunais de Contas estaduais e assembleias legislativas. Como contrapartida, esses gastos não poderiam crescer acima da inflação do ano anterior.

O novo texto que está sendo fechado mantém, no entanto, a obrigação para que estados incluam os gastos com inativos nas despesas com pessoal, para cálculo da LRF. A nova redação estabelece que entes federados terão até 10 anos para se adaptar. Para isso, cria uma regra de transição: 1/10 dos gastos com inativos terão de ser considerados no cálculo a cada ano.

Votação adiada

O novo texto articulado pelos líderes da base aliada ainda precisa do aval da equipe econômica e do Palácio do Planalto. O líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE), sinalizou que o governo poderá aceitar as mudanças feitas pelos deputados aliados.

Com as mudanças ainda em negociação, o relator do projeto na Câmara, deputado Esperidião Amin (PSC-SE), anunciou o adiamento da votação da proposta no plenário da Casa para a próxima semana. Nesta terça-feira, não haveria mais tempo hábil para isso, pois haverá sessão do Congresso Nacional a partir das 19h.

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