O comando governista da CPI do Cachoeira usa os últimos recursos para garantir a aprovação do pedido de indiciamento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e de auxiliares diretos do tucano. O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), está decidido a pedir no relatório final o indiciamento de Perillo e de integrantes do primeiro escalão do governo goiano. Eles são suspeitos de favorecimento a Carlinhos Cachoeira, principalmente com nomeações de pessoas indicadas pelo bicheiro. Para isso, Odair vem se movimentando com o propósito de obter os dados das quebras dos sigilos telefônicos já aprovadas.
O petista quer saber para quem Perillo fez ligações e onde estavam os auxiliares do tucano no momento em que ligaram para membros da organização criminosa de Cachoeira. Os dados podem assegurar a aprovação do relatório final no plenário da CPI. Até agora, a comissão recebeu 10% dos dados de sigilo telefônico. O comando da CPI cogita prorrogar os trabalhos cujo encerramento está previsto para 4 de novembro por mais um ou dois meses.
Para tucanos da comissão, a ofensiva contra Perillo é uma reação ao julgamento do mensalão no STF. Depois de dizer que comunicou a Lula, em 2005, a existência do mensalão, o governador goiano passou a ser considerado um dos principais inimigos políticos do ex-presidente.
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