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A comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara rejeitou na manhã desta quarta-feira, por 13 votos a 5, a convocação do ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O requerimento apresentado pelos deputados tucanos Duarte Nogueira (SP) e Nilson Leitão (MT) pedia a convocação do ministro para prestar esclarecimento sobre denúncias publicadas no GLOBO de irregularidade em serviços de consultorias.

A base aliada compareceu em peso na comissão e garantiu a derrubada do requerimento. Os aliados usaram como argumento o fato de que as denúncias se referem a atividades privadas do ministro, em período que estava fora da vida pública.

"Não há ato do ministro Pimentel a ser investigado. A oposição vem com a tese do vale a pena ver de novo, como na novela. É o desejo da oposição convocar o ministro. Fundamentalmente, no caso Pimentel, há um problema de competência desta comissão. Todas as matérias que fazem referência à atividade privada se referem a Belo Horizonte. O ministro se dispõe a vir nesta comissão para tratar de assuntos pertinentes a sua pasta. Mas este não é o roteiro que deseja a oposição. Por isso, o governo orienta o voto "não", afirmou o vice-líder do governo, Odair Cunha (PT-MG).

O líder do PSDB, Duarte Nogueira, defendeu a convocação de Pimentel: "o ministro Pimentel, diferentemente dos outros ministros que caíram, é da cota pessoal da presidente Dilma. Eles são amigos de longa data. Não pode pairar sobre o ministro Pimentel qualquer suspeição de tráfico de influência. Pimentel, em 2010, atuava na campanha da presidente Dilma. Tem o dever de vir aqui e prestar esclarecimento. Se prestou assessoria tem que mostrar que fez sem tráfico de influência", disse o líder do PSDB, acrescentando antes da votação: se o ministro Pimentel não vier aqui se desculpar, a presidente Dilma deve se desculpar com o Palocci (Antônio, ex-ministro da Casa Civil) e chamá-lo de volta ao governo.

A comissão também rejeitou a convocação da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e do ministro de Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. A oposição queria que ele prestasse esclarecimento sobre o abandono das obras de transposição do Rio São Francisco pelo governo federal.

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