O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos defendeu nesta segunda-feira um aperto do controle sobre as ONGs que recebem milhões de reais de recursos públicos todo ano. Segundo o ministro, mecanismos de controle destas e das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) serão discutidos durante a Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro (Encla). O encontro, que acontece em Ribeirão Preto (SP), vai desta quarta-feira até sábado.
Segundo reportagem publicada pelo jornal "O Globo" deste domingo, são apenas 12 funcionários do Ministério da Justiça para 4 mil ONGs cadastradas.
- Tem que aumentar a fiscalização. Tem que apurar e fechar esses ralos - afirmou Bastos depois de participar do I Seminário Luso-brasileiro sobre o Tráfico de Pessoas e Imigração Irregular, na sede da Procuradoria-Geral da República.
Bastos argumentou, no entanto, que a criação de mecanismos de controle das ONGs é um processo gradual. Para o ministro, este é um problema que não se resolve da noite para o dia.
- Esse é um processo que deve ser progressivo - disse.
No domingo, o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), defendeu a realização de uma CPI para apurar desvios financeiros nas ONGs e o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, rebateu, dizendo que este recurso não é necessário.
Tarso, no entanto, ressaltou que as denúncias precisam ser fiscalizadas e que a legislação sobre o assunto seja aperfeiçoada, "porque hoje há um vácuo".
Após denúncia ao STF, aliados de Bolsonaro ampliam mobilização por anistia no Congresso
Bolsonaro tinha esperança de fraude nas urnas, diz Cid na delação; veja vídeo na íntegra
Bolsonaro aposta em Trump para uma “virada de jogo” no Brasil; acompanhe o Sem Rodeios
Motor dá sinal de fervura, mas o presidente quer acelerar
Deixe sua opinião