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Deputados se exaltaram durante a escolha dos deputados que ficariam com as sub-relatorias. | Laycer Tomaz
Deputados se exaltaram durante a escolha dos deputados que ficariam com as sub-relatorias.| Foto: Laycer Tomaz

Em meio a protestos provocados pela condução da sessão da CPI da Petrobras pelo presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), deputados bateram boca e o parlamentar Edmilson Rodrigues (PSol-PA) chegou a chamar Motta de “coronel” e “moleque”, na manhã desta quinta-feira (5).

Motta, aos 25 anos e em seu segundo mandato, foi alçado à presidência da CPI pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A condução dos trabalhos por Motta, porém, foi alvo de críticas por representantes de diversos partidos e chegou a um intenso bate-boca entre os deputados.

Isso porque os integrantes de algumas legendas na comissão – como PSol, PPS e PSB – reclamaram que não foram consultados sobre a escolha dos vice-presidentes da comissão, realizada no início da sessão, nem sobre a criação de sub-relatorias da CPI –o que, na prática, vai esvaziar os poderes do PT, que ocupa o cargo de relator com o deputado Luiz Sérgio (RJ).

O relator conduz a investigação e redige o relatório final, mas as sub-relatorias diminuem esse poder, dividindo a função com outros parlamentares.

O deputado Afonso Florence (PT-BA) e o deputado Ivan Valente (PSol-SP) argumentaram que a indicação dos sub-relatores, pela tradição da Casa, costuma ser feita pelo relator. Motta, porém, rebateu dizendo que o regimento é omisso sobre esse ponto e que ele mesmo faria essa indicação.

Quando Motta foi formar as sub-relatorias e fazer as indicações, parlamentares contrários começaram a gritar. Alguns se levantaram e foram até a mesa, onde sentam os cargos de comando da CPI. Valente começou a discutir com Motta. Outro deputado, Edmilson Rodrigues, fez referência ao peemedebista como “moleque”. Motta se irritou e respondeu aos gritos: “Não admitirei desrespeito de vossas excelências”.

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