O ex-ativista italiano, Cesare Battisti, está fazendo greve de fome, informou o movimento Crítica Radical. Liderado pela ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele, e pela professora Rosa da Fonseca, o grupo prega a libertação de Battisti, cujo julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) está marcado para ser retomado na quinta-feira da próxima semana.

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Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália acusado de matar quatro pessoas. Maria Luiza e um grupo de pessoas contrárias à extradição dele o visitaram ontem no presídio da Papuda, em Brasília. De acordo com a ex-prefeita de Fortaleza, Battisti está impaciente com a demora no julgamento, por isso começou a greve de fome.

A ex-prefeita, que é testemunha de defesa no caso, soube que Battisti se recusa a comer durante uma reunião com José Antonio Toffoli, ministro do STF. Segundo ela, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que Battisti não estava se alimentando havia alguns dias.

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Em janeiro deste ano, Battisti recebeu do ministro da Justiça, Tarso Genro, a condição de refugiado político no Brasil. Ele permanece preso até que o STF decida se o status de refugiado impede ou não sua extradição pedida pelo governo italiano. O julgamento começou em setembro, mas foi interrompido devido ao pedido de vista feito pelo ministro Marco Aurélio Mello.

Ex-integrante da organização Proletários Armados pelo Comunismo, Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua. Passou 28 anos no exílio, entre França, México e, por último Brasil, onde foi preso no Rio de Janeiro, em 2007.