O antigo líder do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Pietro Mutti, ao qual Cesare Battisti pertenceu, concedeu entrevista à revista italiana Panorama confirmando a autoria das mortes pelas quais o ativista foi condenado nos anos 70. "Não tenho nenhuma dúvida. Foi ele quem disparou", diz Mutti, que hoje mora em Milão, sobre um dos crimes que ele diz ter visto Battisti cometer.
Na entrevista, que foi reproduzida ontem pela Justiça italiana, Mutti afirma que Battisti "era e continuou sendo mais um pequeno delinquente do que um extremista político". Ele diz que o ativista teria se unido ao grupo "mais para escapar de seus problemas com a lei do que por ideal político".
Mutti é tido como um dos principais responsáveis pela prisão de Battisti. Em seu testemunho à Justiça, ele afirmou ter presenciado um assassinato cometido pelo antigo companheiro e relatou ter ouvido dele a confissão de uma outra morte. Battisti diz que Mutti mentiu sobre sua participação nos crimes e chama o antigo líder do grupo de "um carrasco, cujo falso testemunho custou-me uma sentença de prisão perpétua".
Mutti diz que nunca mentiu sobre os fatos. "Quando contei aos juízes a história do PAC, acusei a mim mesmo por atividades para as quais não havia evidência contra mim. Apenas disse a verdade, sem culpar inocentes", afirma.
Sobre a decisão de Lula que garantiu a permanência, pelo menos por enquanto, no Brasil, Mutti diz que isso apenas confirma a "esperteza" do ex-colega. "Enganou todos e agora provavelmente vai curtir sua vida sem nunca ter pago por seus pecados", afirma.
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