O Banco do Brasil informou nesta sexta-feira que rescindiu o contrato de publicidade com a agência DNA Propaganda. A empresa tem como sócio o empresário Marcos Valério Fernandes, apontado como operador do suposto esquema do mensalão. Já a DNA Propaganda informou que a direção do BB apenas abriu processo de rescisão do contrato, o que o torna sustado, e não rescindido.
O acordo contratual entre as duas instituições é inválido até que sejam julgados todos os processos aos quais a DNA responde na Justiça. Desde o último dia 5, por decisão do Conselho Diretor do BB, estão suspensas também todas as novas ações de publicidade, patrocínios e promoções de eventos.
Na quinta-feira, antecipando-se à decisão já tomada pelo governo de substituí-lo na diretoria de Marketing e Comunicação do BB, Henrique Pizzolato apresentou seu pedido de aposentadoria. A saída de Pizzolato do cargo já era dada como certa desde a semana passada.
A permanência do diretor, que já havia se desgastado no episódio de patrocínio de um show para arrecadar recursos com o PT, quando atuou em parceria com Delúbio Soares, se tornou complicada com a divulgação de suas relações com Valério.
No ano passado, a instituição patrocinou um show da dupla sertaneja Zezé di Camargo & Luciano que arrecadou recursos para construção da nova sede do PT, idéia que acabou sendo abortada. O patrocínio de R$ 40 mil foi usado para compra de ingressos distribuídos como brinde a clientes do banco. O dinheiro foi devolvido com a divulgação das denúncias, mas a imagem de Pizzolato ficou abalada. O ex-diretor de Marketing teve outra fase de polêmicas, quando foi conselheiro da Previ eleito pelos funcionários no governo Fernando Henrique Cardoso.
Segundo a assessoria do BB, Pizzolato tinha 31 anos de banco. Ainda não foi decidido se ele continuará na presidência do Conselho Deliberativo da Previ, fundo de pensão dos funcionários do BB, que administra um patrimônio de R$ 72 bilhões.
Deixe sua opinião