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Congelados

Confira quais são os 16 investigados que a Justiça Federal do Paraná determinou o bloqueio de bens e contas e o valor que foi congelado de cada um:

Gerson de Mello Almada - R$ 22,615 milhões

Ricardo Ribeiro Pessoa - R$ 10,221 milhões

Renato Duque - R$ 3,247 milhões

Dalton dos Santos Avancini - R$ 852,37 mil

Sérgio Cunha Mendes - R$ 700,4 mil

José Ricardo Nogueira - R$ 691,17 mil

Eduardo Hermelino Leite - R$ 463,31 mil

Othon Zanoide de Moraes Filho – R$ 166,59 mil

João Ricardo Auler - R$ 101,6 mil

José Aldemário Pinheiro - R$ 52,35 mil

Agenor Franklin Magalhães - R$ 45,8 mil

Walmir Pinheiro Santana - R$ 9,3 mil

Fernando Baiano - R$ 8,8 mil

Ildefonso Colares Filho - R$ 7,5 mil

Erton Medeiros Fonseca - R$ 0,00

Valdir Lima Carreiro - R$ 0,00

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Justiça

Defesa do único foragido diz que ele vai se entregar

A advogada de Adarico Negromonte, Joyce Roysen, afirmou ontem que seu cliente deve se entregar à Polícia Federal (PF) na segunda ou na terça-feira. Negromonte é o único suspeito da Lava Jato considerado foragido. A advogada entrou com um pedido de revogação da prisão. Segundo Joyce, independente da decisão judicial, seu cliente deve se apresentar à PF. Ontem, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou os pedidos de habeas corpus feitos pelos advogados do ex-diretor da Petrobras, Renato Duque; do presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini; do presidente do Conselho de Administração da empresa, João Ricardo Auler; e do presidente da UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa.

A pedido da Justiça Federal, o Banco Central (BC) bloqueou R$ 47,8 milhões de empresas e executivos investigados na nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada na semana passada. No total, são R$ 39,1 milhões bloqueados nas contas pessoais de 16 suspeitos e R$ 8,7 milhões de três empresas de Fernando Baiano (apontado como operador do PMDB no esquema) e de Renato Duque (ex-diretor da Petrobras). Mas há a suspeita de que várias contas foram esvaziadas antes da determinação da Justiça Federal para congelar os bens dos envolvidos.

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INFOGRÁFICO: Veja como funcionava e quem são os envolvidos

O diretor presidente da Iesa, Valdir Lima Carreiro, por exemplo, não teve nenhum valor bloqueado em suas contas, pois elas estavam vazias. Carreiro mantém contas em 11 bancos, mas não havia dinheiro em nenhuma delas – o que indica que ele pode ter sacado os valores já sabendo de um possível bloqueio pela Justiça. O mesmo ocorreu com um funcionário da Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca. Ele tem conta em sete instituições bancárias diferentes, mas todas estavam vazias. Diversos outros investigados tiveram valores pouco expressivos, para executivos, bloqueados (veja box). O lobista Fernando Baiano, por exemplo, teve R$ 8,8 mil bloqueados em todas as suas contas.

Maiores valores

Os executivos que tiveram os maiores valores congelados foram Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix; e Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da UTC. A Justiça bloqueou R$ 22,6 milhões e R$ 10,2 milhões, respectivamente, dos dois. O ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque teve R$ 3,2 milhões bloqueados.

As empresas Thecnis Planejamento e Gestão em Negócios, Hawk Eyes Administração de Bens e D3TM tiveram juntas R$ 8,7 milhões bloqueados pela Justiça. As empresas pertencem a Renato Duque e a Fernando Baino.

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A Justiça Federal do Paraná havia determinado o bloqueio de bens dos investigados em 10 de novembro, quatro dias antes de a sétima fase da Operação Lava Jato ter sido deflagrada. No total, foram presas 25 pessoas nessa etapa da investigação.

Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) já solicitou a colaboração das autoridades da Suíça para bloquear valores mantidos em contas no exterior por investigados pela Lava Jato.