O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, deve deixar o estado de São Paulo até a próxima sexta-feira, de acordo com o governador Geraldo Alckmin. Segundo Alckmin, após a determinação da Justiça para que Beira-Mar saia do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) de Presidente Bernardes, presídio a 589 quilômetros da capital, não há mais razões para que o traficante fique no estado.

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Uma das hipóteses é que o traficante seja encaminhado para uma unidade da Polícia Federal (PF) enquanto aguarda definição sobre onde continuará cumprindo pena. O destino dele deve ser decidido pelo Ministério da Justiça. O governo do Rio de Janeiro também já avisou que não o quer.

"Pode iniciar a contagem regressiva. Ele não fica aqui em São Paulo porque sempre colocamos o seguinte: enquanto pudesse permanecer no RDD, poderia ficar em Presidente Bernardes. Não há mais razão para o Beira-Mar ficar em São Paulo, e nem pode ficar, porque não cometeu crime nesse estado", disse Alckmin neste domingo.

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O impasse em relação ao destino de Beira-Mar começou em fevereiro de 2003, por suspeitas de que o traficante carioca teria organizado uma onda de violência no Rio de Janeiro, que terminou com três mortos, vários saques a estabelecimentos comerciais e 43 veículos incendiados.

Beira-Mar foi então encaminhado para o presídio de Presidente Bernardes, inicialmente, por um período de 30 dias. Depois desse prazo, em março, ele foi transferido para a Superintendência da Polícia Federal de Maceió (AL), mas voltou à prisão paulista em maio.

O destino final de Beira-Mar, segundo especialistas, deveria ser o primeiro presídio federal do país, que deveria ter sido inaugurado em 2003, mas ainda está com apenas metade das obras concluída.