Segundo parlamentares tucanos, o técnico da seleção masculina de vôlei Bernardinho fará uma "imersão" no PSDB para conhecer os fundamentos, as teses e participar das discussões sobre o plano de governo. A discussão sobre a candidatura acontecerá mais adiante, dizem os futuros companheiros partidários. Em busca de "um nome novo" para disputar o governo do Rio, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, convenceu o técnico da seleção masculina de vôlei Bernardinho a se filiar ao partido.
O técnico assinou a ficha de filiação ao PSDB na semana passada, em São Paulo, onde esteve com Aécio e com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O ingresso no partido será formalizado no Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ). Bernardinho é técnico do time de vôlei feminino Unilever, no Rio. Respeitado como um dos nomes importantes do esporte mundial costuma fazer palestras sobre liderança e comando.
Desde 1999, quando terminou o mandato do governador tucano Marcello Alencar o PSDB tenta recuperar peso político no Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do País, sem sucesso. Nas eleições municipais de 2008 e estaduais de 2010 não lançou candidatura própria e disputou como vice na chapa de Fernando Gabeira (PV). Em 2012, quando o prefeito Eduardo Paes (PMDB) foi reeleito no primeiro turno, o candidato tucano, Otávio Leite, não chegou a 3% dos votos.
Apesar de saber das dificuldades da disputa pelo governo do Estado em 2014, Aécio acredita que um candidato fora da tradicional política partidária pode ajudar na estratégia nacional de apresentá-lo como representante de uma nova forma de gestão. Bernardinho e os tucanos têm evitado falar publicamente sobre as eleições no Rio, mas planejam "badalar" a chegada do atleta ao partido, no momento certo.
Eduardo Campos
Outro provável candidato a presidente que se articula no Rio é Eduardo Campos, presidente do PSB e governador de Pernambuco. Em reunião com dirigentes estaduais do partido, a executiva nacional discutiu a saída do governo Sérgio Cabral (PMDB) e o lançamento de uma candidatura própria ao governo do Estado, provavelmente do ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão. Outra alternativa seria uma aliança com o PDT, no caso de o candidato ao governo ser o deputado Miro Teixeira.
O presidente do PSB-RJ, Alexandre Cardoso, prefeito de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), no entanto, defendeu apoio ao candidato de Cabral, o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), e à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Em uma reunião nesta terça-feira, 27, no Rio, integrantes da executiva nacional tentaram "enquadrar" Cardoso, enquanto dirigentes municipais do PSB divulgaram um documento em que criticam o presidente regional e dizem apoiar a estratégia do comando nacional do partido.
Pressionado por protestos quase diários na capital, o governador Cabral disse na semana passada que pretende deixar o governo até abril do ano que vem e ceder o cargo para Pezão. A estratégia dos peemedebistas é dar visibilidade ao pré-candidato, ao mesmo tempo em que o governador deixaria de ser o foco dos manifestantes, que pedem seu impeachment. Segundo dirigentes do PMDB do Rio, Cabral poderia ser candidato ao Senado ou assumir um ministério, caso as relações com a presidente Dilma Rousseff estejam boas.
O PMDB-RJ insiste que o PT desista de lançar a candidatura do senador Lindbergh Farias, que garante não abrir mão da disputa. Lindbergh tem pressionado o PT a deixar os cargos no governo Cabral o mais rápido possível, enquanto a executiva nacional do partido e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva querem adiar a decisão. A direção nacional do PT espera convencer Cabral a aceitar palanque duplo para Dilma Rousseff no Rio. O governador, por enquanto, rejeita esse cenário.
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