O ministro do Planejamento no governo Lula, o paranaense Paulo Bernardo, disse ontem que recebeu um "convite genérico" da presidente eleita, Dilma Rousseff, para participar do futuro governo. Segundo ele, o convite não especifica qual ministério ficaria sob sua gestão. Isso seria definido nos próximos dias.
Paulo Bernardo é cotado para a Casa Civil ou para a Secretaria-Geral da Presidência, assim como o ex-ministro da Fazenda e coordenador da transição Antonio Palocci. Paulo Bernardo disse que fica, independentemente do cargo. "Eu conversei com a presidente e ela me informou das escolhas que está fazendo. A Miriam [Belchior] vai para o Planejamento. Ela me fez um convite para participar do governo, mas um convite genérico, porque ela me disse que ela tem mais de uma opção e não queria decidir isso agora", afirmou Bernardo.
Questionado sobre as opções para seu futuro, Bernardo desconversou. "Ela me falou, mas não lembro." E completou: "Ela tem um tabuleiro para movimentar com as peças e precisa montar o Lego primeiro".
Segundo o ministro, na conversa, Dilma pediu para auxiliar na transição com Miriam. "Ela me pediu informações que eu preciso providenciar sobre diversas áreas do governo. A gente tem feito síntese de informação", disse.
Bernardo é dado como o único nome certo do Paraná no primeiro escalão do governo de Dilma. O governador Orlando Pessuti esteve ontem em Brasília para conversar com o vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB), para saber que outros nomes do estado deverão estar no governo.
O próprio Pessuti tem chances de ser ministro, assim como o senador Osmar Dias (PDT-PR). O atual chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, é outro nome cotado para um ministério.