O presidente do PT, Ricardo Berzoini, minimizou nesta segunda-feira a resolução do partido, aprovada no sábado, que pede juros mais baixos e mudança na meta de superávit primário. Berzoini disse que o PT sempre foi acusado de ser atrelado demais ao governo e por isso não vê motivo para ser criticado agora, justamente quando cobra queda dos juros e do superávit.
- O PT é um partido que tem opiniões e as manifesta. A última nota do partido não se diferencia das demais. Mas nessa de agora a opinião do partido foi explicitada - afirmou.
Segundo Berzoini, o PT sempre defendeu esses pontos de vista, mas agora não vê mais motivo para um ajuste fiscal tão rígido, já que o país não está mais num momento de transição. Disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um país com muitos problemas e foi obrigado a impor uma agenda de transição, com aumento de superávit e juros altos
- Mas muita gente agora acha que a transição já passou - disse Berzoni.
Berzoini disse que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, teve o mérito de pôr em ordem a economia do país, mas agora a maior parte do PT não vê mais razão para que juros reais de 13% ao ano. Segundo ele, o risco-país está em baixa e é o momento de retomar o crescimento. Berzoini disse ainda que o PT está no seu papel de discutir o programa de governo para 2006.
- O PT tem o direito e o dever de fazer essa interlocução para saber qual será o programa para 2006. Ninguém fala em mudar a política econômica, o que queremos é discutir os patamares, juros, superávit - afirmou.
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