| Foto: Maurilio Cheli/SMCS

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Sexta-feira foi um dia de pré-campanha na região de Curitiba. Enquanto Beto Richa (PSDB) dividia palanque com o presidenciável Eduardo Campos (PSB) em Pinhais, Gleisi Hoffmann (PT) participava de vistorias em unidades de saúde na periferia da capital, acompanhada do prefeito Gustavo Fruet (PDT). "A presidente sempre estimulou os ministros a visitarem os programas de governo, especialmente na área de saúde", disse a ministra. Ela participou, também, de uma formatura do Pronatec, em Santa Felicidade.

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Presentes em eventos políticos distintos, o governador Beto Richa (PSDB) e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), trocaram farpas ontem. A denúncia de que um funcionário comissionado do governo do estado seria responsável por uma página no Facebook para difamar a ministra, pré-candidata de oposição ao governo do estado, motivou a discussão. Richa disse que o responsável pela página não trabalha para o governo e que o PT seria responsável por "milícias cibernéticas". Já Gleisi afirmou que o governador deve respostas e que existem provas da ligação do responsável pela página com o governo.

Recentemente, o Tri­­bu­­nal Regional Eleitoral (TRE) obrigou o Facebook a tirar do ar a página "Gleisi Não", que continha ofensas e ataques à ministra. Foram apontados como responsáveis Cleverson Lima e José Gilberto Maciel — mais conhecido como Zé Beto Maciel. Este último seria funcionário comissionado da Agência Estadual de Notícias (AEN), do governo do estado, – há, pelo menos, quatro referências a ele na página da AEN como plantonista de fins de semana.

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Durante o Encontro Esta­­dual de Empreendedores e Líderes Rurais 2013, em Pi­­nhais, Richa afirmou que esteve durante toda a semana no interior do estado e só foi informado ontem das acusações, mas que não acredita que haja envolvimento do seu grupo político. "Vou me inteirar melhor do assunto, mas não conheço nenhuma dessas pessoas e, segundo me informaram, elas não fazem parte do governo. Só espero que não seja só mais um factoide", disse.

O tucano aproveitou para criticar o PT, que, segundo ele, é que pratica "militância cibernética". O governador afirmou que ele mesmo vem sofrendo ofensas nas redes sociais. "Mas não tenho as mesmas facilidades de um ministro da Comunicação ou de um secretário de governo federal. Tenho apanhado muito e estou tentando através da Justiça pelo menos limpar essas barbaridades que têm feito contra mim", afirmou.

Explicações

Em Curitiba para vistoriar uma unidade de saúde no bairro do Tatuquara, Gleisi criticou o tucano. "Lamento muito a situação e estou esperando explicações do governador. Por que ele contratou em cargo comissionado uma pessoa que fazia, em horário de expediente, páginas no Facebook com o intuito de me destratar?", questionou. Ela considerou o episódio "lamentável" e disse que será ruim para os eleitores uma campanha eleitoral desse nível.

Sobre as acusações de que existiria uma "militância cibernética" do PT, Gleisi respondeu que o governador acusa sem provas. "Era bom que ele tivesse algo que comprovasse o que está falando. Eu tenho uma sentença do Tribunal Regional Eleitoral mostrando que existiam esses perfis falsos e que eram de um servidor do estado", disse a ministra. Gleisi informou, também, que vai entrar com uma ação civil contra os responsáveis pela página.

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