Deputado Paranhos: bloco do PSC, PSB e PRB deve votar unido| Foto: Marcelo Elias / Gazeta do Povo

Na reta final da eleição para o Tribunal de Contas, o governador Beto Richa (PSDB) decidiu tomar as rédeas do processo e agir politicamente em favor de seu candidato, o procurador-geral do Estado Ivan Lelis Bonilha. Durante a sessão de ontem, o governador entrou em contato com diversos deputados, questionando suas posições e pedindo votos. Além disso, seu secretário do Emprego, Trabalho e Economia Solidária, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), foi destacado para reassumir sua cadeira na Assembleia, tirando o voto do petista Elton Welter.

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A agitação na Casa em torno da eleição para o TC é tamanha que até mesmo o deputado Fábio Camargo (PTB), que está afastado do plenário por ter rompido os ligamentos do joelho, garantiu que vai atender aos pedidos do governo e comparecer ao plenário para votar em Bonilha – com bengala e tudo. "Acho absolutamente normal o líder do Executivo tender para algum dos lados. Ainda mais de uma pessoa concursada, que trabalha há tempos no TC", comenta.

Apesar de contar com 17 candidatos, apenas três devem ter votos na eleição de hoje: Bonilha e os deputados Nelson Garcia (PSDB) e Augustinho Zucchi (PDT). Nos corredores da Assembleia é dada como certa a desistência de um dos deputados em favor do outro. Entretanto, ainda não se sabe qual deve desistir e se, de fato, os votos de um devem migrar para o outro, conforme se especula.

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Sabe-se que alguns blocos devem votar unidos. A começar pelo PT, de Welter, que já anunciou publicamente a preferência por Zucchi – mas, em caso de desistência, deve optar por Garcia. Segundo o deputado Paranhos (PSC), o bloco PSC-PSB-PRB deve votar unido, mas o candidato só será definido hoje. Outros partidos, no entanto, devem ir para a votação desunidos, incluindo o próprio PSDB, de Richa, dividido entre os partidários de Bonilha e de Garcia; e o PMDB.

Durante a sessão de ontem, Bonilha se pronunciou aos deputados, assim como outros 12 candidatos à cadeira do TC. O procurador-geral ressaltou sua experiência e destacou que, entre os diversos candidatos, ele é o que tem mais tempo de casa no Tribunal. Apenas quatro candidatos não discursaram: Marcelo Henrique Pereira justificou sua falta alegando que estava doente e Fioravanti Chierighini não compareceu. Já os dois deputados concordaram em adiar seus pronunciamentos. Os quatro poderão se pronunciar hoje.