A transferência da articulação política da gestão Dilma Rousseff (PT) para o comando do vice-presidente Michel Temer (PMDB) mudou a estratégia de aproximação do governador Beto Richa (PSDB) com a administração federal. Cinco dias após a decisão, Richa foi nesta quarta-feira (15) a Brasília para abrir diálogo com o peemedebista. Saiu do encontro dizendo que a relação já deu sinais de melhora.
“Buscamos a tão desejada reaproximação”, disse Richa, que apresentou uma pauta de reivindicação comum dos governadores dos três estados do Sul, além do Mato Grosso do Sul. “Estamos todos preocupados com as medidas de ajuste fiscal do governo federal e isso é uma questão apartidária”, afirmou. Antes de viajar ao Distrito Federal, ele participou de uma reunião do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul.
Temer se comprometeu a agilizar a realização de uma audiência de Richa com Dilma, solicitada pelo governo do estado no ano passado. “O vice-presidente é uma pessoa atenciosa, tem experiência política e nos tratou muito bem. Ficou de nos ajudar e abriu um canal de diálogo.”
A relação de Richa com o governo federal piorou ao longo do primeiro mandato, principalmente por disputas políticas entre ele e a então ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT).
Fachin
Além da audiência com Temer, Richa se encontrou com o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves. Ele pediu apoio na aprovação da indicação do jurista paranaense Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal. “Aécio ficou de receber o Fachin para uma conversa antes da sabatina”, disse.
Luiz Abi
Sobre questões locais, Richa disse que ordenou que as investigações em desvios na Receita Estadual sejam feitas com “toda transparência”. Também voltou a repetir que tem apenas relações pessoais e sociais com o empresário e parente, Luiz Abi Antoun. “São relações assim como as que eu mantenho com milhares de outras pessoas”, disse.
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