Apesar de o Paraná ter recebido do Ministério da Integração Nacional R$ 1,8 milhão para obras antienchentes, volume 14 vezes inferior ao destinado a Pernambuco, que recebeu R$ 25,5 milhões, o governador Beto Richa (PSDB) elogiou o trabalho do ministro pernambucano Fernando Bezerra. "Não tenho o que reclamar do ministro", disse, mais de uma vez, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (4). "Com o Estado, o ministro tem sido muito atencioso e solícito, até por conta de uma relação de trabalho, de respeito."
Questionado sobre a discrepância entre os valores e o fato de Pernambuco ficar com 90% do volume destinado ao País, conforme dados da organização não governamental (ONG) Contas Abertas, a partir de registros do Tesouro Nacional, Richa desconversou: "Eu desconheço".
No entanto, ele fez questão de dizer que recursos serão sempre bem aceitos. "Hoje, na administração pública, não temos limite máximo de investimentos", afirmou. "Quanto mais recursos tivermos maior será a eficiência do governo."
Os elogios de Richa repetem os que foram feitos no dia anterior pelos governadores de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).
Durante discurso em solenidade para assinatura de contrato com alguns municípios para prestação de serviço de abastecimento de água e coleta de esgoto sanitário, Richa já havia citado uma visita que Coelho fez, no início do ano passado, ao litoral paranaense, após chuvas que provocaram deslizamento e deixaram quatro mortos. Na entrevista, ele repetiu.
"Tivemos o apoio do ministro, que pessoalmente esteve conosco no litoral garantindo apoio e repasse dos recursos que foram solicitados pelo nosso governo", acentuou. Há cerca de dois meses, ele teve novo contato com o ministro em Foz do Iguaçu.
Richa destacou que os fenômenos climáticos têm sido cada vez mais frequentes no mundo, prejudicando inclusive países ricos e desenvolvidos, "que não conseguem, dependendo da intensidade desses fenômenos, proteger a totalidade da população". "Temos um plano de prevenção aqui que vai, no mínimo, atenuar a consequência das fortes chuvas que são inevitáveis", afirmou.
"A Defesa Civil do Estado com os órgãos envolvidos já fizeram cursos de prevenção e convênios com os prefeitos, principalmente do litoral, para que possam estar preparados para atuar de forma imediata na ocorrência de uma catástrofe."
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