Às vésperas de alterações nos ministérios que devem ser promovidas pela presidente Dilma Rousseff, o titular da Integração Nacional, Fernando Bezerra, alvo de denúncias de uso político de verbas da pasta, evitou hoje falar abertamente sobre o assunto. No entanto, mostrou confiança em sua permanência no cargo e indicou que, ao menos nos próximos dias, continuará no comando do ministério.

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Bezerra deveria participar de cerimônia no início da tarde ao lado do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), para liberação de recursos ao Estado e a municípios mineiros castigados por temporais no fim de 2011 e início de 2012. No entanto, o ministro chegou à capital mineira com mais de três horas de atraso porque, segundo a assessoria do governo, teria participado de audiência com a presidente, da qual não comentou.

Questionado se acredita que a crise envolvendo seu nome foi superada após depoimento no Congresso na semana passada e sua consequente permanência no cargo, Bezerra afirmou que "só quem pode falar disso é a presidente". No entanto, minutos antes, ao discursar para diversas autoridades presentes no evento, indicou já ter novas reuniões com Dilma agendadas. "No transcorrer da próxima semana, após audiência com a presidente da República, poderemos firmar o valor do repasse a ser feito", disse, referindo-se a verbas para restauração de estragos causados pela chuva.

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Bezerra, porém, evitou falar de política e não quis fazer comentários sobre as tentativas de aproximação do PSDB a seu partido, o PSB. E, perguntado sobre a possibilidade de as denúncias de que foi alvo terem sido fogo amigo, encerrou a entrevista e deixou o local sem responder.

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