Curitiba foi a primeira cidade a ter um grande comício da campanha Diretas Já, que pedia a volta da democracia depois de 20 anos de Ditadura Militar. O ato, que levou mais de 40 mil pessoas para a Boca Maldita, completa 30 anos neste domingo (12). Para marcar a data, um biarticulado será estacionado no local, e dentro dele, haverá imagens, textos e arquivos que contam a história dos anos de chumbo e a luta pela redemocratização.
A exposição fica aberta ao público, gratuitamente, do próximo domingo (12) até o 23, das 11h às 21h. Até as 17h, monitores ficam no local para acompanhar a visita.
Os três segmentos do biarticulado são ocupados da seguinte maneira: o primeiro fala sobre o golpe dos militares, que tomaram o poder em 1964, até a promulgação do Ato Institucional 5 (AI-5), que acirrou o cerco às liberdades individuais e deu mais poder ao governo militar. O segundo segmento trata sobre o comício e, por fim, o terceiro mostra a transição e a abertura política.
Os visitantes poderão também compartilhar imagens, memórias e impressões sobre o período. A entrega dos materiais para exposição pode ser feita no local ou pelo e-mail diretascuritiba@gmail.com.
O comício Os discursos pedindo a realização de eleições para presidente aconteceu em 12 de janeiro de 1984. Puxado por Alvaro Dias (PSDB), que na época era do PMDB, o comício na Boca Maldita reuniu figurões da política da época, como Ulysses Guimarães, o então governador José Richa (pai do atual governador Beto Richa), Maurício Fruet (pai do prefeito de Curitiba Gustavo Fruet) e até Tancredo Neves, o primeiro presidente eleito após a abertura. Mais de 40 mil pessoas foram pra rua pedir a volta das eleições diretas.
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