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O ex-diretor geral da Assembleia Legislativa do Paraná Abib Miguel foi preso na última sexta-feira (28) quando recebia cerca de R$ 70 mil no Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek de Brasília | Reprodução
O ex-diretor geral da Assembleia Legislativa do Paraná Abib Miguel foi preso na última sexta-feira (28) quando recebia cerca de R$ 70 mil no Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek de Brasília| Foto: Reprodução

O ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná, Abib Miguel, o Bibinho, será solto ainda nesta sexta-feira (5). A previsão é que ele seja liberado por volta da meia-noite. Bibinho foi preso em Brasília na última sexta (28), junto com outras quatro pessoas, no momento em que recebia uma mala com R$ 70 mil de origem suspeita.

Após serem colocados em liberdade, os suspeitos poderão retornar a Curitiba. Os passaportes não foram apreendidos e não houve outras medidas de restrição.

Segundo Leonir Batisti, coordenador do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no estado, que desencadeou a operação, não houve necessidade de pedir a prorrogação das prisões temporárias – que já haviam sido estendidas na última terça (2).

No período que os suspeitos ficaram detidos, os agentes do Gaeco trabalharam para produzir provas para a investigação, além de analisar a documentação apreendida na casa do ex-diretor. As negociações do grupo foram descobertas em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.

O advogado da família de Bibinho, Eurolino Reis, confirmou a saída dos envolvidos nesta sexta, mas não quis dar outras informações. Tampouco comentou o caso, que está sob sigilo. Mesmo com os bens bloqueados e oficialmente afastado de atividades comerciais, o ex-diretor continuava movimentando dinheiro por meio de uma rede de empresas em nome de outras pessoas, em suposto esquema de lavagem de dinheiro.

Além de Bibinho, também foram presos os irmãos Edivan e Sandro Bataglin, acusados de administrar as empresas laranjas que pertenceriam a Bibinho, e também dois filhos do ex-diretor, Luciana de Lara Abib e Eduardo Miguel Abib.

Bibinho já foi condenado duas vezes (em janeiro e abril deste ano) em processos relacionados à série Diários Secretos, da Gazeta do Povo e RPC-TV, que desvendou um esquema criminoso de desvio de dinheiro que, segundo o Ministério Público, foi de pelo menos R$ 200 milhões.

De acordo com as investigações, os recursos eram desviados por meio da contratação de servidores fantasmas em um esquema ocultado da sociedade pela manipulação de diários oficiais da Assembleia.

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