A Polícia Federal encontrou bilhetes que podem comprovar o envolvimento dos suspeitos presos pela Operação Cerol, mas já liberados, com crimes de fraude previdenciária e de extorsão no Rio, segundo reportagem desta sexta-feira do jornal "Extra". Os investigados pela PF podem ter sido beneficiados pelo vazamento de informações. Um recado em um pedaço de papel encontrado na casa do advogado Mário Jorge Rodrigues fazia referência à operação, que estava marcada para o dia 1º de setembro do ano passado. Um bilhete semelhante foi encontrado na casa do advogado Tarcísio de Figueiredo Pelúcio. Os advogados foram detidos, mas, assim como os demais envolvidos, liberados depois de cinco dias, devido a um hábeas-corpus concedido pela Justiça.
Os registros foram descobertos em casas e escritórios dos investigados na Operação Cerol. A juíza Ana Paula Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal, decretou a prisão temporária de 17 suspeitos, entre eles seis delegados federais, dois deles ex-superintendentes. O Ministério Público pretende denunciar os suspeitos à Justiça. Pelos bilhetes, eles foram avisados também sobre autorizações de escutas telefônicas concedidas à Força-Tarefa pela juíza Ana Paula.
Presentes e uma lista de inquéritos
No escritório do delegado Roberto Prel, que já foi o segundo homem da Polícia Federal no Rio, os policiais apreenderam uma lista com 36 inquéritos importantes que tramitavam na Delegacia de Combate a Crimes Financeiros (Delefin). O Ministério Público Federal já recebeu a análise de 23 deles e sabe que pelo menos seis foram arquivados.
Na relação foram enumeradas investigações relevantes, como as sobre os bancos Pactual e Opportunity, o empresário Daniel Dantas e até a prefeita Núbia Cozzolino. Foi ela que, quando deputada, propôs na Assembléia Legislativa (Alerj) condecorar o delegado com a Medalha Tiradentes. Outros 13 inquéritos são da Confederação Brasileira de Futebol.
Um cartão do advogado Pelúcio para Prel revela que o delegado federal, além de ganhar uma garrafa de uísque, entregou o presente oferecido pelo advogado para o antigo chefe José Milton Rodrigues. A MPF está analisando os dados para saber quantos suspeitos serão denunciados.
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