Apesar do apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para retomada do diálogo, o bispo de Barra (BA), Dom Luís Flávio Cappio, manifestou em carta enviada ao Palácio do Planalto que vai manter a greve de fome até que seja revogado o projeto de transposição das águas do rio São Francisco. Na carta, datada de 1º de outubro, o bispo reforça a defesa do projeto de revitalização do rio, mas condena a transposição.
"Confirmo minha decisão de permanecer em jejum e oração enquanto não chegar em minhas mãos o documento assinado pelo senhor revogando e arquivando o atual projeto de transposição ", diz a carta de Dom Luís, escrita de próprio punho.
A greve de fome do religioso, que entra no nono dia, preocupa o Palácio do Planalto. No sábado, Lula mandou o assessor especial da Presidência Selvino Heck entregar a carta ao bispo. Nela, Lula reconhece o trabalho realizado pelo bispo com a população mais pobre da região e em defesa do São Francisco e apela para o diálogo:
"Quero lhe propor uma etapa que não foi realizada antes de seu passo último: que o senhor nos dê o direito a um novo diálogo e que o esgotemos, como é próprio de pessoas democratícas antes de gestos definitivos".
A carta de Lula tem seis páginas e ele gasta duas e meia com explicações técnicas do projeto, incluindo vazão da água e projetos de revitalização do rio que já estão sendo realizados. Na resposta a Lula, o bispo diz que estará inteiramente aberto ao diálogo somente depois da suspensão do projeto de transposição.
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