O reajuste acima da inflação dos benefícios do Bolsa Família, anunciado na terça-feira, vai tirar da miséria cerca de 500 mil famílias cadastradas no programa de transferência de renda. Isso representa menos de 10% das famílias incluídas no programa e que ainda não superaram a pobreza extrema porque os pagamentos não são suficientes para que elas ultrapassem o limite de renda de R$ 70 mensais por pessoa da família, o que caracteriza a miséria no Bolsa Família.
A previsão oficial - divulgada na quarta-feira pela ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social) - foi feita com base em informações do cadastro de famílias pobres. O mesmo cadastro informa que 5,4 milhões das famílias beneficiárias do Bolsa Família não haviam conseguido superar a extrema pobreza apesar dos pagamentos mensais do programa.
"Demos um primeiro passo", comentou a ministra sobre uma das principais metas do governo Dilma Rousseff, de erradicar a miséria no país até 2014. Com o reajuste, o programa vai pagar entre R$ 32 e R$ 242 mensais. "Ninguém tem a expectativa de que esse aumento resolva a extrema pobreza. Não estamos trabalhando com uma meta fácil e ela não será alcançada apenas com transferência de renda." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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