O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) protocolou nesta quarta-feira (13) sua defesa à Corregedoria da Câmara em processo em que é investigado por racismo e homofobia. Bolsonaro é alvo de quatro pedidos de investigação na Casa.
Em um programa de TV, em resposta à apresentadora e cantora Preta Gil, o deputado do PP classificou como "promiscuidade" a possibilidade de seu filho se relacionar com uma mulher negra. Na mesma entrevista, o deputado fez também ataque a homossexuais e disse que torturaria seu filho se o pegasse fumando maconha.
O documento apresentado por Bolsonaro à Corregedoria da Casa tem 13 páginas e foi elaborado pelo próprio deputado do PP. Bolsonaro afirma que a linha de argumentação "não é uma defesa" porque ele não cometeu crime. O documento, segundo ele, é uma "explicação".
Entre os argumentos apresentados à Corregedoria para rebater a acusação de racismo, o deputado do PP afirma que "se equivocou" ao interpretar a pergunta que lhe foi feita sobre a possibilidade de seu filho se relacionar com uma mulher negra.
Sobre a acusação de homofobia, Bolsonaro se intitula "defensor da família brasileira" e diz que vai continuar lutando contra o "tsunami cor-de-rosa" no país. "A única coisa importante que aconteceu nesse episódio foi a gente conseguir denunciar o tsunami cor-de-rosa proposto pelo governo em escolas públicas do primeiro grau com a distribuição do 'kit gay'. Vou continuar a minha luta contra esse tsunami cor-de-rosa", afirmou Bolsonaro.
O corregedor da Casa, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), terá agora 45 dias para analisar os pedidos de investigação contra Bolsonaro e os argumentos apresentados pelo próprio parlamentar. O corregedor deve decidir entre arquivar os pedidos ou enviar o caso ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa para que seja aberto processo por quebra de decoro contra Bolsonaro.
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