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Em 2008, o apelido "homens de preto", que os policiais do Bope carregam desde os anos 70, vai virar passado. Pela primeira vez em sua história, a disputada tropa de elite da Polícia Militar vai aceitar mulheres, além de realizar mudanças na cor da tradicional farda negra dos "caveiras", como se denominam.

A primeira turma de batom do Bope está prevista para estrear somente no segundo semestre do ano que vem. Mas, segundo o comandante do batalhão, tenente-coronel Pinheiro Neto, já há até fila de espera. Apesar de garantir que não haverá diferenças no treinamento e nas funções exercidas por homens e mulheres, o comandante admitiu que essa primeira turma será uma espécie de laboratório para as "aspiras" (apelido dos integrantes do Bope) de saias.Curso específico

- Sem dúvida, vai ser um laboratório para ver o grau de adaptação delas. Primeiro, vai ter um curso específico para que as voluntárias passem a falar a nossa linguagem, mas o currículo do treinamento vai ser o mesmo dos homens - disse Pinheiro Neto, que contratou uma equipe de profissionais de educação física para adaptar as provas de seleção às características do corpo feminino.

As primeiras mulheres a ingressar no Bope já não vão usar a roupa preta que tanto orgulhava o Capitão Nascimento (personagem do filme "Tropa de Elite", de José Padilha. A Sessão de Doutrina e Pesquisa do Bope já está estudando as características das novas fardas que os homens do batalhão usarão nas incursões em favelas do Rio.

- Eles estão avaliando qual o melhor padrão de cor, ou de camuflagem, se for o caso, e o tipo de tecido - disse Pinheiro Neto.

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