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O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse nesta quinta-feira que, depois que a polícia do Distrito Federal identificou os autores dos cartazes em que ele aparece vestido com um uniforme nazista, agora é preciso descobrir quem são os mandantes e disse estranhar a coincidência de datas entre a confecção dos cartazes e uma declaração do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, dizendo que ele tinha saudades de Hitler. Bornhausen avisou que vai processar os três indiciados: Avel Alencar, seu irmão Avelmar e Marcos Wilson, que seria funcionário da liderança do PT na Câmara Legislativa do DF.

Segundo Bornhausen, Avelmar foi quem pegou os cartazes na gráfica, Marcos Wilson elaborou a fotomontagem e trocou mails com Avel sobre a confecção dos cartazes. O pefelista disse ainda que a nota fiscal da compra dos cartazes foi emitida em nome da ONG Escola de Formação de Trabalhadores em Informática, ligada ao Sindicato dos Profissionais de Processamento de Dados do Distrito Federal, do qual Avel é diretor. O pefelista disse ainda que o sindicato tem um convênio de R$ 1,9 milhão com o governo federal.

Bornhausen disse estranhar a coincidência das datas dos e-mails trocados entre Marcos Wilson e Avel, o primeiro deles no dia 22 de setembro. O pefelista disse que no e-mail os dois discutiam se o cartaz teria ou não moldura e revelou parte da mensagem:

"Na minha opinião, a imagem com moldura passa um ar de nobreza ao senador que provoca a empatia no público que verá o cartaz. Além de parecer uma peça de museu, o quadro passa um ar de autoritarismo, egocentrismo do senador", diz Marcos Wilson.

Segundo Bornhausen, a "encomenda criminosa" foi entregue no dia 6 de outubro a Avel. No dia 19 de outubro, o presidente da CUT, João Felício, fez críticas a ele em entrevista à revista "Carta Capital". No dia 20 de outubro, Luiz Marinho diz que Bornhausen teria saudade do líder alemão Adolf Hitler. No dia 25, os cartazes foram colados. O presidente do PFL relaciona as datas e diz que elas têm um encaminhamento lógico. Bornhausen disse ainda não acreditar num ato isolado do diretor do sindicato.

- Não posso considerar isso ser um ato voluntário de nenhum fanático. Ele deve ter recebido ordens. Agora é preciso investigar quem foi o mandante do crime. Vou aguardar os inquéritos para tomar as providências. Nunca vi isso. Um criminoso que quer processar a vítima. Não adianta ele se apresentar como doido. Na minha vida pública, sempre que fui atacado, destruí tudo que foi colocado contra mim. A quadrilha já foi elucidada, vamos agora descobrir o mentor - afirmou Bornhausen, frisando que não estava acusando Marinho.

- Marinho é que tem que explicar - observou.

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