O presidente Lula estaria bastante irritado com o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, por causa de ataques à famíliares do presidente. A informação está no Blog do Moreno, do jornalista Jorge Bastos Moreno, da Globo.com.
Lula acusa Bornhausen de estar quebrando com um pacto que existiria entre os políticos, de respeitar as famílias mesmo dos adversários.
Leia parte do relato que está no Blog:
"O presidente Lula fica transtornado quando aborda, por iniciativa sua, as acusações contra seus parentes. Ele se transfigura, seus lábios tremem num misto de indignação e emoção. Seus olhos ficam vermelhos. Da sua boca só sai um nome: Bornhausen. Sim, Jorge Bornhausen, senador e presidente do PFL. É ele, segundo Lula, quem comanda essa série de ataques à sua família. O nome de Bornhausen não vem sozinho. Vem carregado de adjetivos pesados, palavrões mesmo. Desses capazes de arrepiar o mais desbocado dos desbocados.
Ainda segundo Moreno, Lula argumenta não ter nada a ver com as atividades do filho nem dos irmãos:
"Não tenho nada a ver com Frei Chico, Vavá e nem com as atividades do meu filho. Eu tenho orgulho da minha família. Mas nunca pedi nada para eles. Pode perguntar para qualquer um deles. Antes de ser presidente da República, já tinha amigos do PT em cargos públicos importantes. Mas nunca pedi também a nenhum deles para que empregasse ou fizesse favor para um filho meu, para um irmão mão ou qualquer parente, próximo ou distante."
Sobre a quebra de acordo para respeito às famílias, Lula, segundo o jornalista, afirma:
"Uma coisa boa na política brasileira era que os adversários respeitavam os parentes dos outros, principalmente filhos. A briga era entre nós, até porque nossa família não tinha nada a ver com as nossas atividades, a não ser em casos extremos de inteferências que prejudicassem nossa atividade pública. Nossos filhos não ficavam expostos às denúncias infundadas, sem provas, a um disse-me-disse. Não, havia respeito ao homem público. Que pai fica feliz vendo o nome de seu filho arrastado na impprensa na base dos boatos, das insinuações? Acabou esse respeito na política brasileira."
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