A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 4,03% nesta sexta-feira, aos 42.245 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4,097 bilhões. No acumulado da semana, a desvalorização foi de 5,01%.
Na Europa, os mercados fecharam em queda em função da desvalorização dos preços das commodities, que também afetavam as bolsas americanas.
O petróleo recuou em torno de 10% ao longo desta semana em Londres. Já o índice que mede o preço do minério de ferro, MSCI, recuou 2,90%.
No Brasil, houve forte saída de capital estrangeiro:
- Se as commodities reagirem o mercado pode reagir também. O problema é que, no Brasil, 40% do índice é formado por Petrobras e Vale do Rio Doce. Se essas ações se desvalorizam, acabam puxando a bolsa como um todo - diz um analista da corretora Socopa.
A saída de recursos do Brasil, somada ao estresse com a economia americana, fez com que o dólar fechasse em alta de 0,37%, a R$ 2,1520. Ainda assim, o Banco Central comprou cerca de R$ 100 milhões no mercado à vista.
Também pesaram no mercado declarações da presidente do banco central de Boston, Cathy Minehan. Segundo ela, a inflação ainda é um desafio para a economia americana.
- O mercado interpreta que, se precisar, o Fed poderá adotar medidas para controlar a inflação - afirma o gerente da mesa de câmbio da Corretora Liquidez, Francisco Carvalho.
Além disso, o Departamento de Trabalho dos EUA relatou que foram abertos 167 mil postos de trabalho em dezembro, superando as expectativas de mercado, de 100 mil. A média de ganhos por hora subiu 0,5% em novembro, também acima do esperado - o que alimenta ainda mais o temor da volta da inflação.
- O mercado de trabalho nos Estados Unidos está muito justo e o custo de mão- de-obra ficou mais apertado. Isso aumenta o receio de que haja impacto na inflação - diz o economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto.
Mas não foi só isso:
- As ações tinham subido muito no fim do ano passado e no primeiro dia de mercado deste ano. É normal que haja um movimento de realização - diz.
O risco-país, que chegou a apresentar alta, recuou um ponto centesimal, para 198 pontos básicos. No mercado de juros futuros, os contratos referenciados em Depósitos Interfinanceiros (DI) com vencimento em janeiro de 2008 fecharam com taxa de 12,440% ao ano, com alta de 0,11 ponto percentual.
A alta foi influenciada pela divulgação do crescimento da Produção Industrial de 0,8% em novembro , contra expectativas de 0,1%.
Nos EUA, o Dow Jones recuava 0,70%, a 12.393,7 pontos; o Nasdaq caía 0,86%, a 2.431,98 pontos; o S&P, por sua vez, caía 0,63%, a 1.409,41 pontos.
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