O doleiro Alberto Youssef e o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, presos da Operação Lava Jato, foram convocados para prestar depoimento na Justiça Federal de Curitiba, na manhã de ontem. Eles foram ouvidos pelo juiz Sérgio Moro sobre as denúncias referentes ao laboratório Labogen e outras empresas do doleiro que seriam utilizadas para movimentar recursos obtidos por meio de contratos superfaturados em órgãos públicos.
Youssef preferiu permanecer em silêncio durante a audiência, mas Costa, que é apontado como principal comandado do doleiro, se dispôs a falar. Ele detalhou as operações envolvendo a CSA Project Finance Consultoria e Intermediação de Negócios Empresariais, empresa que Youssef teria usado para lavar R$ 1,16 milhão do mensalão, segundo as investigações.
Conforme o depoimento, o ex-deputado paranaense José Janene, morto em 2010, intermediava negócios da CSA. "O que o Janene falava é que o Youssef cuidava do caixa dele", disse.
Ligação com Youssef
No depoimento, Costa disse ainda que, depois que deixou a CSA, foi contratado por Youssef para constituir a GFD Investimentos. "As empresas estão no meu nome mas são de propriedade dele [Youssef]", confirmou. Conforme Costa, a GFD fazia contratos com empresas ligadas à Petrobras, como a Sanko Sider, mas os serviços não eram prestados. "Era uma forma de trazer licitude para justificar o ingresso do recurso na empresa", disse.
Costa afirmou, porém, que não teve contato com as operações de câmbio de Youssef, que também são alvo da investigação. Segundo o advogado de Costa, Rodrigo Castos de Mattos, o réu aguarda reconhecimento da Justiça sobre a colaboração com as investigações. "Ficou bem clara a posição dele de colaborador", disse.
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