Em discurso emocionado antes da aprovação do relatório que propôs a cassação de seu mandato, o deputado Roberto Brant (PFL-MG) citou Nietzsche, Schopenhauer e Dante, negou que tenha tentado mudar o voto dos conselheiros e fez um ataque frontal ao Conselho de Ética, afirmando que os parlamentares que respondem a processo já chegam cassados ao órgão. O pefelista disse que não vai recorrer à Justiça contra a decisão e afirmou estar confiante de que no plenário o resultado será diferente.
- Todos já têm a predisposição para condenar, é só adequar o discurso ao voto de condenação. O maior inimigo das verdades são as convicções fortes demais. Para reconhecer a verdade é preciso um certo despojamento - disse o pefelista, citando Nietzsche.
Brant elogiou os parlamentares que falaram a seu favor, pediu o voto dos "homens livres e independentes" e disse que não recorreu a acordos partidários. O pefelista disse que estava ali para "lavar sua honra", que não há quem possa levantar nada contra ele e explicou por que decidiu não recorrer à Justiça contra a decisão do Conselho.
- Lutei para não sair menor desse processo e não usei a Justiça porque para mim o juízo maior só podia ser dado por meus coelgas. Estou feliz porque esta passagem passei com grandeza. Piorei minha imagem como político, mas cresci como homem e no final o que eu sou é só isso, um homem - disse o pefelista, em tom emocionado.
Logo após o anúncio do resultado da votação, Brant disse que o empate foi uma vitória de sua resistência moral.
- Eles condenam a todos sem julgamento aqui, mas impedi que formassem uma maioria - disse o pefelista.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Deixe sua opinião