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Em 2006, o intercâmbio comercial entre Brasil e Estados Unidos alcançou o recorde histórico de US$ 39,12 bilhões - 17,41% da balança comercial brasileira -, com saldo positivo de US$ 9,74 bilhões para o Brasil. As exportações brasileiras para os Estados Unidos cresceram 8,72% no ano passado, totalizando US$ 24,43 bilhões. As importações aumentaram 15,99% e alcançaram US$ 14,69 bilhões.

Apesar do resultado recorde, a participação norte-americana no total de exportações e de importações brasileiras manteve a tendência de queda registrada desde 2003. Até então, a fatia dos Estados Unidos na balança comercial brasileira oscilava para cima e para baixo, embora sempre bem fosse superior a dos demais parceiros comerciais brasileiros. A Câmara Americana de Comércio (Amcham) avalia, entretanto, que a redução da importância dos EUA na balança comercial brasileira nos últimos anos não representa um problema.

Em 2006, os norte-americanos ficaram com 17,77% do total das exportações brasileiras, contra 25,44% em 2002. Já as compras feitas pelo Brasil nos Estados Unidos, que em 2002 representavam 21,77% de nosso total de importações, encolheram para 16,08%.

A exemplo de anos anteriores, em 2006 destacou-se a ampliação das vendas brasileiras para mercados não tradicionais e com pequena participação na pauta - o que, na avaliação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), tem sido um dos fatores do aumento das exportações brasileiras. Cresceram as vendas brasileiras para países do Oriente Médio, América Latina, África e Ásia. O Brasil foi um parceiro importante para Cuba, o país latino-americano cujo Produto Interno Bruto (PIB) - a soma das riquezas produzidas pelo país - mais cresceu em 2006: 12,5%.

Os Estados Unidos se mantiveram como principal fornecedor brasileiro em 2003, mas as importações brasileiras daquele país caíram 7%, totalizando US$ 9,56 bilhões. Caíram as importações de sete dos dez produtos mais comprados pelo Brasil. Também caíram as importações brasileiras de mercadorias da vizinha Argentina - o segundo parceiro comercial do Brasil - em 1,48%. Em compensação, as compras de produtos chineses cresceram 38,20%.

A corrente bilateral de comércio com os EUA continuou em crescimento nos anos seguintes (sempre com saldo positivo pra o Brasil), mas em ritmo mais lento do que as trocas com outras regiões. Em 2004, cresceu a participação dos países sul-americanos como destino de produtos brasileiros. As vendas para a Argentina subiram 61,65%. Também cresceram as vendas para México (44%), Chile (35,40%), Venezuela (141,79%), Colômbia (38,64%), Paraguai (23,28%), Uruguai (65,30%), Peru (29,43%), Bolívia (48,80%) e Equador (38,71%).

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