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Nova Iorque (Folhapress) – O Brasil e seus aliados do G4 (Alemanha, Índia e Japão) decidiram reapresentar a resolução de reforma do Conselho de Segurança da ONU, que estabelece a criação de seis novos membros permanentes ao órgão. A medida é técnica – porque, uma vez que acabou a 59.ª Assembléia Geral e começou a 60.ª, o texto anterior perde a validade –, mas indica que a diplomacia brasileira mantém firme o projeto de busca de uma vaga para o país.

Horas antes de os diplomatas do G4 se reunirem para traçar a estratégia dos próximos meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cobrar uma reforma do Conselho. O trecho foi incluído de última hora no discurso em que o presidente encerrou sua participação na reunião de cúpula em Nova Iorque. "Reforço a necessidade urgente de reforma daquele órgão (CS) a fim de torná-lo mais legítimo e mais representativo, sem o qual a ONU não cumpre o papel histórico que lhe está destinado", disse Lula ao fim de um pronunciamento sobre desenvolvimento social.

O plano inicial do G4 e do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, era aprovar resolução que trata da reforma até a cúpula que acontece agora, mas a forte oposição dos EUA e da China, dois dos países mais poderosos do planeta e da entidade, inviabilizou o esforço.

Além das oposições de China e EUA, o G4 precisa resolver um problema que se arrasta há meses com os países africanos, que têm 53 votos e são fundamentais para obter os 128 necessários.

Cerca de dez dos países da África não concordam com a proposta do G4, porque exigem o direito de veto imediatamente, enquanto o Brasil e seus aliados abriram mão desse direito por ao menos 15 anos. Apesar de serem apenas 10 de 53, os africanos só votam unidos, então essa oposição inviabiliza o apoio.

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