Eleita a personagem que mais se destacou no noticiário da América Latina em 2014, a presidente Dilma Rousseff concedeu entrevista por e-mail a jornais da região, na qual defendeu que o "Brasil não vive uma crise de corrupção", ao comentar as denúncias de irregularidades apontadas na operação Lava Jato, da Polícia Federal. A escolha do nome de Dilma foi feita por editores do GDA (consórcio que reúne 11 jornais latinos).
Segundo reportagem publicada neste domingo (21) pelo chileno "El Mercúrio", Dilma foi categórica ao falar sobre o escândalo na Petrobras: "Minha indignação com as denúncias que envolvem a Petrobras é a mesma que sentem todos os brasileiros e quero, assim como todos eles, que os culpados sejam castigados", disse.
A presidente afirmou, ainda, que "no Brasil não há intocáveis". "Qualquer um que não tratar o dinheiro público com seriedade, honestidade e efetividade deve pagar por isso. Este é um compromisso do meu governo", disse Dilma, que assume o segundo mandato na Presidência da República em 1º de janeiro de 2015.
Os casos de irregularidades denunciados, segundo a presidente, representam um grande avanço para a democracia brasileira. "O Brasil não vive uma crise de corrupção, como alguns afirmam. Nos últimos anos começamos a pôr um fim em um longo período de impunidade." I
ndagada pela publicação chilena sobre o fato de PT, partido de Dilma, estar envolvido no escândalo na Petrobras, ela disse que as irregularidades dentro da estatal já existiam antes de seu governo."Como já disse, é a Polícia Federal do meu governo que conduz as investigações sobre a corrupção na Petrobras. Foram essas investigações que levaram ao desmantelamento de um esquema do qual se suspeita que tem décadas de existência, com anterioridade aos governos do PT", afirmou.
Dilma também comentou sobre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. "Eu mesma demiti, três anos antes dessas investigações, o diretor que confessou perante a Justiça a formação do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras".
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