A esperança de vida dos brasileiros aumentou. É o que mostra a pesquisa Tábua da Vida 2004, divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. Segundo o levantamento, a expectativa de vida no Brasil chegou a 71,7 anos, em 2004, contra 71,3 anos calculados no ano anterior. Na comparação com o ano de 1980, quando a esperança de vida do povo era de 62,6 anos, pode-se observar um salto de 9,1 anos. Segundo cálculos do IBGE, ao longo destes 24 anos, a expectativa de vida aumentou, em média, 5 meses, por ano.
A pesquisa traz uma outra boa notícia. A taxa de mortalidade infantil - probabilidade de um recém-nascido falecer antes do primeiro ano de vida - caiu 61,5% ao longo de 24 anos. De acordo com o levantamento, o percentual que, em 1980, era de 69,1% (69,1 óbitos para cada mil crianças nascidas vivas) despencou para 26,6% em 2004.
Segundo a pesquisa, em 2004, Rio Grande do Sul (14,7%) e São Paulo (17%) tinham as mais baixas taxas de mortalidade infantil do país, enquanto Alagoas (55,7%) e Maranhão (43,6%) apresentavam as mais altas.
Quanto ao aumento da esperança de vida para quem nasceu em 2004, ela é, em relação a 2003, 4 meses e 24 dias maior. Entre 1980 e 2004, a expectativa de vida do brasileiro experimentou um acréscimo de 9,1 anos, ao passar de 62,6 anos, para os atuais 71,7 anos. Assim, ao longo de 24 anos, a esperança de vida ao nascer no Brasil, incrementou-se anualmente, em média, em 5 meses.
A unidade da federação em que a expectativa de vida de quem nasceu em 2004 é maior é o Distrito Federal, com 74,6 anos. O último lugar no ranking é Alagoas, onde a esperança de vida é de 65,5 anos. Mas a diferença entre as unidades da federação com a melhor expectativa e os que têm a pior vem diminuindo ao longo dos anos, segundo o IBGE. Em 1980, por exemplo, a diferença entre o melhor posicionado no ranking (Rio Grande do Sul, com 67,8 anos) e o Estado com esperança de vida ao nascer mais baixa (Alagoas, com 55,7 anos) era de 12,1 anos.
De acordo com o IBGE, o avanço nos resultados pode ser atribuído à melhora dos principais indicadores sociais do país.
"Do acesso da população aos serviços de saúde, passando pelas campanhas nacionais de vacinação até chegar ao aumento do nível da escolaridade da população e aos investimentos na infra-estrutura de saneamento básico", revela o texto.
No ranking da ONU, composto por 192 países, o Brasil ocupa a 82ª posição quanto à esperança de vida, sete posições acima da que ocupava em 2000, quando este índice era de 70,5 anos. O Japão, por sua vez, é o primeiro do ranking, com 81,9 anos. Em relação à mortalidade infantil, o país, com 26,6%, está na 99º posição do ranking, liderado pela Islândia, com 3,2%. A pesquisa mostra que, em 2000, essa taxa era de 30,1% e o país estava no 100º lugar.
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