Um grupo de mais de 20 brasileiros levou quase 22h para conseguir viajar de Buenos Aires, na Argentina, para São Paulo. Com vôo marcado para às 7h de segunda-feira (11), eles chegaram ao Aeroporto de Ezeiza por volta das 5h, com duas horas de antecedência como recomendado, e acabaram desembarcando no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, às 3h de terça-feira (12). Durante a espera, passaram por momentos de tensão e tiveram problemas com a falta de informações e o confuso atendimento de funcionários da Gol e da Varig.
A Gol teve vôos cancelados durante o dia e tentou acomodar seus passageiros em vôos da Varig. Como não havia lugares suficientes, alguns dos que aguardavam na fila do check in tiveram que esperar. Acabaram conseguindo lugar em um vôo das 22h20, que atrasou e só deixou Buenos Aires a 1h30, pousando em São Paulo às 3h. Segundo funcionários da empresa, o problema estaria relacionado ao cancelamento de vôos devido à névoa na segunda-feira (11) de manhã. Passageiros que pretendiam chegar ao Rio de Janeiro também foram afetados pelo cancelamento de vôos da Gol.
Até o começo da noite, os brasileiros, que tiveram que aguardar no aeroporto, não sabiam quando poderiam voltar para São Paulo. Os turistas tiveram problemas no atendimento das duas companhias aéreas. Os que aguardavam de manhã tiveram que disputar espaço no vôo da Varig com passageiros de um vôo da Gol do começo da noite, que também foi cancelado apesar de não haver mais neblina na capital argentina.
Enquanto o supervisor da Varig ameaçava cancelar o atendimento e deixar o vôo partir com lugares vazios, o da Gol tentava organizar os que aguardavam com base em três listas feitas a mão por funcionários diferentes. Muitos dos que aguardavam na fila e não pressionaram para ter lugar nas listas acabaram sem lugar. Dois turistas quase acabaram brigando na disputa por um lugar e foram contidos pelos demais. O G1 procurou a assessoria de imprensa da Gol, que ficou de se posicionar sobre os problemas.
Caos aéreo hermano
Além do cancelamento de vôos em função da neblina, o tráfego aéreo argentino tem sido afetado também pela falta de monitoramento. Um raio atingiu um dos sistemas de radar do aeroporto local em 1º de março e afetou seu funcionamento. A expectativa é que um novo radar, enviado pela Espanha, seja instalado em 1º de julho, minimizando os problemas. Os jornais locais apontam que o Aeroporto de Ezeiza é hoje considerado um dos mais perigosos do mundo em função do problema.
Pressionados em meio aos protestos de turistas, funcionários da Aerolíneas Argentinas organizaram uma paralização em protesto pela situação, o que complicou ainda mais a situação dos que viajam. Na manhã desta terça-feira (12), o caos aéreo hermano provocou atrasos em Cumbica mais uma vez.
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