A Defensoria Pública espera chegar a um acordo negociado entre o consórcio responsável pela obra do metrô em Pinheiros e as vítimas, evitando um processo judicial, que poderia demorar até dez anos. Pelos cálculos da Defensoria, 60 vítimas já entraram em contato pedindo ajuda ou orientação. Pelo menos 13 imóveis foram condenados na área.

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Responsável pela obra, o consórcio Via Amarela pediu desculpas às vítimas da tragédia na linha 4 do metrô, em Pinheiros. No primeiro, e até agora único, contato com as famílias desalojadas, um representante do consórcio assumiu, de forma indireta, a responsabilidade pelo acidente.

- Ele abriu (a fala) pedindo desculpas e garantiu que as indenizações serão pagas - afirmou a assistente social Lucimar Melo, moradora de um apartamento vizinho à obra, interditado após o acidente.

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O pedido de desculpas ocorreu no mesmo hotel em que a Defensoria Pública realizou, nesta quarta, nova reunião com as famílias, com o objetivo de prestar orientação jurídica. A Defensoria cadastrou os desalojados e os submeteu a um questionário para dimensionar os danos, tanto materiais como morais.

- Quero crer que o consórcio vai ter boa vontade de assumir a responsabilidade e providenciar a proposta de indenização para as pessoas prejudicadas - afirmou o defensor público Carlos Henrique Loureiro.

- Não sei se esse discurso vai se manter. Quero crer que sim, porque, diante de uma tragédia tamanha, não é possível que se esconda a responsabilidade do consórcio de construtoras por esse evento - disse Loureiro.