A nova legislatura da Câmara de Vereadores de Londrina, Norte do Paraná, nem começou, mas o clima entre os vereadores pela presidência da Casa já esquentou. O motivo seria uma declaração do vereador eleito Tito Vale (PMDB), que teria afirmado que nenhum dos seis parlamentares reeleitos "têm moral" para assumir o comando da Câmara.

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Em seu discurso, na quinta-feira (16), no plenário o vereador reeleito e candidato declarado à presidência da Casa, Paulo Arildo (PSDB) repudiou as declarações de Vale, que também entrou na disputa pela cadeira da presidência. "Liguei para ele para parabenizá-lo pela eleição e iniciar um diálogo dentro deste processo de sucessão à presidência da Câmara. Quando Vale emitiu essas declarações, que em minha opinião, são infundadas e uma falta de ética, pois colocam todos os reeleitos no mesmo patamar dos vereadores envolvidos nos escândalos do passado. Os seis reeleitos têm competência para comandar a Casa", comentou.

De acordo com o vereador do PSDB, ele não tem nenhuma posição contrária aos novos eleitos, afirmando haver respeito mútuo, considerando essa atitude de Vale uma ação isolada, e que a reeleição dos seis vereadores demonstra o julgamento da população. "Não há clima tenso, temos um diálogo aberto com os vereadores que foram eleitos, pois esta eleição (da presidência da mesa) dependerá de muitas conversas para se chegar a um consenso. Para ser eleito é fácil, o difícil é a reeleição. O povo acompanhou todos os casos e viu que não tivemos nenhuma atitude errada", justificou.

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Além de defender os vereadores reeleitos, Arildo partiu para o ataque contra Vale. "Para presidir a Câmara é preciso respeito e ética, com esta atitude ele demonstrou que não tem condições para exercer este importante cargo", complementou.

Mudança

Já o vereador Tito Vale disse que as suas declarações foram mal interpretadas. "Eu não disse que os reeleitos não têm moral. Declarei que eles deveriam abrir espaço para os novos vereadores".

Para Vale, esse espaço corresponderia ao "sentimento de mudança das urnas". "A Câmara sofreu uma renovação de 70%. Isso significa que a população quer mudança", defendeu. Segundo o vereador eleito pelo PMDB, esta situação é apenas um equívoco. "A polêmica está sendo causada por ouvidos roucos que não querem mudança", concluiu.