Jorge Bernardi (PDT): vereador deve assumir presidência da CPI da Urbs| Foto: Divulgação/CMC

A votação da Lei de Di­­retrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 causou um princípio de "racha" na base aliada do prefeito Gustavo Fruet (PDT). Apesar de contar com 36 dos 38 vereadores, os governistas só conseguiram derrubar uma emenda da oposição ao projeto no voto de Minerva. Depois dessa votação, vereadores trocaram acusações na tribuna. Como pano de fundo da disputa está a definição dos papéis na CPI da Urbs. A instalação da comissão será na sessão de hoje, às 11h.

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Os ânimos se exaltaram durante o debate de uma emenda ao projeto, da vereadora Noêmia Rocha (PMDB), líder da oposição, que pedia a inclusão de um centro de repouso para idosos na LDO. Líder do prefeito na Casa, Pedro Paulo (PT) defendeu a rejeição da emenda, argumentando que a proposta não condiz com o intuito da lei, que é de dar diretrizes ao orçamento, e que ela deveria ser incluída no Plano Plurianual (PPA), que será apresentado no segundo semestre. Noêmia respondeu que o projeto passou pelas comissões e que utilizaria um equipamento já previsto no projeto da prefeitura, mas que não tem sua destinação especificada.

A líder da oposição conseguiu atrair o voto de alguns partidos e vereadores que já tiveram atritos com o "núcleo duro" da base aliada – incluindo o PSB, o PSC e os vereadores Chicarelli (PSDC) e Chico do Uberaba (PMN). Com isso, a base votou dividida e o resultando foi o empate. O voto de Minerva foi de Tito Zeglin (PDT), que presidia a sessão, pela rejeição da emenda.

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A vereadora Professora Josete (PT) disse que a votação serviu para ver quem era e quem não era, de fato, da base de governo. A afirmação irritou alguns vereadores. Chico do Uberaba, exaltado, disse que preferia ser oposição a votar "contra o povo".

Depois de toda a discussão, o texto da prefeitura foi aprovado com apenas três pequenas correções de texto. A previsão é de que a prefeitura arrecade R$ 7,1 bilhões em 2014. A redação final será votada hoje.

CPI

A tensão envolvendo a instalação da CPI da Urbs pode ter contribuído para a rebeldia da base. Vereadores mais próximos à prefeitura se articulavam nos bastidores para emplacar um comando chapa pura da CPI, com Jorge Bernardi (PDT) na presidência e Professora Josete (PT) na relatoria. Entretanto, os rebeldes tentam ocupar um espaço de mais destaque na comissão. É provável que Bernardi fique com a presidência, mas a relatoria deve acabar indo para Bruno Pessuti (PSC).