A nova onda de violência em São Paulo provocou um 'racha' dentro da facção criminosa que coordena os atentados dos presídios. Integrantes da organização estariam insatisfeitos com a 'falta de publicidade' em torno de seus nomes.
Segundo conta um agente penitenciário que trabalha em Presidente Bernardes, complexo de segurança máxima, os nomes desses presos não estariam aparecendo como 'articuladores' dos ataques. Insatisfeitos, eles juram de morte líderes da facção cujos nomes são mais 'populares'.
- Um grupo de presos começou a articular a morte de familiares dos integrantes da facção porque seus próprios familiares dizem que eles não 'estão aparecendo', contou o agente, que há cinco anos trabalha na penitenciária de Presidente Bernardes, onde está Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, tido como o mentor dos atentados em São Paulo.
O grupo de oposição foi criado por presos que até os atentados de maio também atuavam no comando das ações juntamente com os chefes da quadrilha. Segundo o agente penitenciário, eles passaram a ser colocados em locais diferentes para evitar confronto direto nas unidades.
Os presos 'rebelados' com a falta de publicidade, segundo agentes, chegaram até a destituir seus advogados porque eram os mesmos que defendiam causas para os chefes do grupo agora rival. O plano do grupo dissidente de matar chefes da facção teria sido interceptado em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Nas conversas, o preso pedia a uma pessoa para aproveitar a onda de ataques e matar um dos irmãos do "Macarrão", um dos chefes da facção.
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