O novo ministro do Trabalho, Brizola Neto (PDT), afirmou nesta quinta-feira (3) que ainda existem divergências internas no seu partido após ser escolhido pela presidente Dilma Rousseff para comandar a pasta.
Integrantes do partido ligados ao ex-ministro Carlos Lupi eram contrários à indicação de Brizola Neto, que teve o apoio das centrais sindicais e do deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical.
"Ainda existem pequenas diferenças nesse processo todo, que ainda precisam ser equacionadas. Mas a verdade é que o partido [...] está convencido do seu papel e do seu posicionamento no campo político nacional", afirmou Brizola Neto.
O novo ministro afirmou ainda que o PDT tem um compromisso com a história do trabalhismo brasileiro e com o governo de Dilma.
O deputado Paulo Pereira da Silva reconheceu a divisão no partido em relação ao nome de Brizola Neto, mas reforçou que ele conta com o apoio das centrais sindicais. "O nome do Brizola foi muito aceito pelo movimento sindical [...] portanto ele vai ser o ministro que vai comandar o trabalho com tranquilidade porque tem apoio dos trabalhadores", afirmou.
Além de Brizola Neto, os nomes do deputado Vieira Cunha e do secretário-geral da legenda, Manoel Dias, também foram ventilados para assumir o cargo.O ex-ministro Carlos Lupi, que deixou a pasta em dezembro do ano passado após suspeitas de irregularidades, também falou sobre as divergências internas no PDT em relação à escolha da presidente.
"Quando tem disputa [pela indicação], é natural que aqueles que não foram escolhidos tenham dificuldade de aceitação", afirmou. Segundo Lupi, os "momentos de incompreensão estão sendo superados."
Lupi negou interferência do ex-presidente Lula na escolha final pelo neto de Brizola. "[Lula] não interfere em nada. Ele tem direito a opinar sobre o que quiser."
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