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O advogado Rogério Buratti, assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, quando ele era prefeito de Ribeirão Preto, disse nesta quinta-feira, em depoimento à CPI dos Bingos, que a principal fonte das "coisas" que sabe e revelou vieram de "informações de um grande amigo que está falecido" e que era seu confidente. Buratti acusou Palocci, em depoimento no Ministério Público, de receber propina de uma empresa que queria manter contratos de coleta de lixo quando o atual ministro comandava a prefeitura da cidade paulista. O advogado, por sua vez, é acusado de fraude, formação de quadrilha e sonegação fiscal.

- É muito difícil você falar de uma coisa, da qual você tem informações e não tem provas, porque a única prova é uma pessoa morta. Eu conversava muito com o Ralf (Ralf Barquete Santos, que seria responsável pela repasse dos recursos ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e que morreu em 2004). Ralf era uma pessoa honrada, tinha uma família bonita, um pai maravilhoso, uma pessoa que admirei muito. Fomos amigos durante dois, três anos, os últimos anos da vida dele, e é lamentável tratar de uma pessoa que está morta dessa forma. É lamentável atribuir informações a uma pessoa que não está mais conosco, nem sequer para dizer que estou mentindo. Então evidentemente é muito constrangedor para mim falar sobre meu amigo Ralf, sobre informações que ele me confidenciava.

Buratti se dispôs diante de parlamentares em Brasília a revelar tudo o que sabe, mas acrescentou que as provas de suas denúncias podem não ser obtidas:

- Estou disposto a falar exatamente o que eu sei. Mais do que eu sei eu não consigo falar. Como vai se provar o que eu sei não é uma obrigação e depende das investigações.

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