Cabe ao Congresso investigar Severino, afirma presidente

Ao deixar a Guatemala nesta terça-feira, duas horas antes do previsto e seguir para Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu entrevista à imprensa. Além de comentar a pesquisa CNT/Sensus que apontou queda de sua popularidade, Lula também falou da crise envolvendo o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, e as eleições internas do PT, marcadas para o 18. Lula disse que as denúncias envolvendo Severino devem ser investigadas com rigor e evitou analisar a situação política do deputado.

- O que vale para os outros deputados vale para o presidente Severino. Há uma denúncia contra ele. Ele diz que a denúncia é falsa. Agora cabe ao Congresso Nacional, com muita maturidade, investigar e depois de investigar e tomar a decisão. Não posso analisá-lo politicamente. A única coisa que posso analisar é em cima de fatos. O fato diz o quê? Que tem uma acusação contra ele e ele diz que é mentirosa a acusação. O Congresso tem instrumento para fiscalizar e investigar a fundo - afirmou.

Sobre as eleições no PT, Lula, disse que qualquer que seja o resultado de um processo democrático interno do partido será importante para o fortalecimento do PT e para a recuperação do prestígio. Lula disse ainda que gostaria que as eleições fossem realizadas em outro momento.

- Essa eleição vai se dar e espero que tenha quórum para que possa ter um bom resultado. Eu não sei se vai mudar muito. Temos só duas eleições diretas. O partido passa por um momento difícil. É o momento de os militantes dizerem que partido querem. É um momento extraordinário para o partido fazer sua eleição. Eu, particularmente, gostaria que não tivesse, que esperasse um momento para fazer isso com mais tranqüilidade, mas, já que a direção do partido manteve a data, eu acho que tem de fazer e espero que militantes compareçam para votar.

Nesta quarta-feira, o plenário deverá decidir pela cassação ou não do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Chinaglia considera "inevitável" a perda de mandato do parlamentar, ao lembrar que o placar no Conselho de Ética foi unânime contra Jefferson: 14 votos a 0.