O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) cumpriu o que era esperado desde ontem e anunciou oficialmente que não disputará uma vaga no Senado nas eleições deste ano. Cabral justificou a decisão dizendo que a aliança que o PMDB forma no Rio visa "garantir as conquistas sociais e econômicas" promovidas pelo seu governo nos últimos dois mandatos.
"Estamos concluindo a formação de uma aliança que tem por objetivo garantir as conquistas sociais e econômicas que o meu governo promoveu nos últimos 7 anos e 6 meses e que tem na candidatura do governador (Luiz Fernando) Pezão a segurança de sua continuidade e as condições para trazer mais avanços à vida da população", anunciou Cabral em sua conta no Twitter.
A desistência de Cabral faz parte de uma movimentação que traz o DEM de César Maia, provável candidato ao Senado, para a chapa de Luiz Fernando Pezão (PMDB) no Rio. A aliança foi arquitetada pelo presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, dois dias depois de o PT fluminense ter atraído o PSB para a chapa de Lindbergh Farias (PT).
Caso se confirme a chapa com Pezão como candidato ao governo e César Maia disputando o Senado, a coligação vai dividida para a eleição presidencial. Apesar da oposição de grande parte do PDMB-RJ, Pezão já declarou apoio a Dilma Rousseff, enquanto César Maia pedirá voto para Aécio. A divisão ocorre também na chapa petista, onde Lindbergh está com Dilma e o candidato ao Senado, Romário (PSB), apoiará seu correligionário Eduardo Campos.
As alianças no Rio têm causado descontentamento nos partidos. Na sexta-feira, depois de o PSB anunciar que iria se coligar com o PT, o deputado Alfredo Sirkis (PSB) chamou a coligação de "suruba". Ontem foi a vez do prefeito Eduardo Paes (PMDB) classificar a aliança de seu partido com o DEM como "bacanal eleitoral".
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