O novo secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, o delegado da Polícia Federal José Mariano Beltrame, assumiu o cargo, nesta terça-feira, afirmando que vai dar uma resposta rápida ao desafio gerado pela onda de violência no estado. Durante o discurso de transmissão de cargo, Beltrame, que atuou na área de inteligência da Polícia, disse que reforçará o policiamento nas ruas e que vai intensificar a união das polícias Militar e Civil e, se for preciso, contará também com as Forças Armadas no combate à criminalidade.
- O estado precisa de uma visibilidade da segurança e a visibilidade se passa pela presença do policial na comunidade - disse o novo secretário, que terá um encontro, nesta terça-feira, com o secretário nacional e Segurança Pública, Luiz Fernando Correa .
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, presidiu a cerimônia de passagem de cargo para Beltrame. O governador só comparecerá às solenidades de transmissão de cargo na área de segurança. Um dia após prometer um combate vigoroso à violência no Rio, durante discurso de posse como governador, em cerimônia na Alerj, Cabral reiterou que a prioridade de seu governo será a segurança pública.
- Segurança é tudo para o desenvolvimento econômico, para a saúde e para a educação - disse Cabral, que deu posse nesta terça-feira ao novo Chefe da Polícia Civil, Gilberto da Cruz Ribeiro, e dará posse ao novo comandante da Polícia Militar , Ubiratan Ângelo.
Nesta segunda-feira, o novo governador pediu ajuda imediata à Força Nacional de Segurança para o estado. Segundo a rádio CBN, Cabral afirmou nesta terça-feira que a Força Nacional chega ao Rio antes do Carnaval, no dia 17 de fevereiro. O novo governador disse ainda que, inicialmente, a força iria para a cidade apenas para ajudar na segurança dos jogos Pan-Americanos, em julho, mas que é importante que as forças cheguem antes para aperfeiçoar seu treinamento e também pelo fato de o Rio estar em alta temporada turística.
- Acho importante que a Força Nacional já esteja no Rio em Janeiro para fazer seus exercícios e dar segurança à população. Acho importante ela ir antes, imediatamente - disse Cabral.
Cabral defendeu parcerias do governo do estado com o governo federal e revelou ter falado rapidamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação da segurança no Rio quando o encontrou na cerimônia de posse. Durante discurso, o presidente chegou a classificar os ataques que aconteceram no Rio de terrorismo .
Os ataques a ônibus, delegacias e cabines da Polícia Militar começaram na madrugada do dia 28 de dezembro. Até agora, 19 pessoas morreram nos ataques ou em confrontos com a polícia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado, os atentados criminosos foram motivados por facções criminosas dentro dos presídios que temem mudanças na política carcerária com a mudança do governo de Rosinha Matheus para o de Sérgio Cabral, eleito em novembro.
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